Em
uma noite do verão de 1865, um pastor metodista, extremamente enérgico
atravessou East End de Londres. Ele parou para ouvir um grupo de homens
que estavam pregando do lado de fora da casa pública para Cegos Mendigos. Aqueles
ensinamentos, os métodos e o fervor instigaram seu interesse. Percebido
entre o grupo, ele foi convidado para pronunciar uma palavra. Sua pregação
foi contagiante. Os pregadores que o ouviram ficaram encantados.
“Este
é o homem que queremos na tenda”, concordaram.
Depois
das reuniões noturnas de rua, eles caminhavam para uma velha tenda em um
cemitério abandonado. Precisavam de um líder mais capaz do que eles para
essas reuniões internas e, então, convidaram o ministro William Booth para
assumir o comando. Alguns dias depois, no domingo, 2 de julho, ele realizou um serviço no qual nasceu e cresceu o
Exército de Salvação.
William
Booth nasceu em Nottingham em 1829, filho de um construtor mal
sucedido. Ele fora assistente de penhorista em sua cidade natal em
Kennington, Londres. Desde então, ele tinha sido um pregador em tempo
integral por treze anos, mas naquela noite de verão ele não tinha
compromisso. Entre os pobres de Whitechapel ele encontrou seu destino.
Lentamente
foram convertidos muitos pelo seu trabalho e involuntariamente foi construindo
um corpo cristão disciplinado. Inicialmente ele chamou de Missão
Cristã. Em 1878, quando o nome da organização foi mudado para O Exército de Salvação, ele tinha
oitenta e oito ajudantes pagos e operava cinquenta centros, de North Shields a Portsmouth, assim como no País de Gales.
Após
a alteração para o título de ‘Exército’, William Booth ficou conhecido como o
General e seus ajudantes em tempo integral como Capitães. Outros termos
militares foram introduzidos. Um grupo de membros tornou-se um corpo de
exército e seus termos de comissionamento tornaram-se artigos de guerra. O
Exército de Salvação foi brilhante no seu início e continua com esse brilho nos
centros que conservaram os pilares proclamados por Willian Booth. Talvez,
sabendo o que estava por vir, proferiu uma sentença emblemática, figurando num
profético, quando alertou:
“O principal perigo que confrontará o próximo
século será a religião sem o Espírito Santo, o Cristianismo sem Cristo, o
perdão sem arrependimento, a salvação sem regeneração, a política sem Deus, o
Céu sem o Inferno.”
Na
verdade, Booth alertou quanto à necessidade de conservação dos seus ideais cristãos,
principalmente no que dizia respeito à salvação do pecador. Para isso, fazia-se
necessário que os cristãos estivessem cheios do Espírito Santo para proclamar
as boas novas. Infelizmente, o tempo no qual vivemos demonstra a apatia do meio
evangélico e o oposto às propostas de Willian. Cristãos habituados a fornecer
apenas atividades sociais, educativas e lúdicas, esquecendo-se das palavras de
seu alerta comprovam esta triste situação quando este movimento levantado por
Deus comemora 153 anos.
Texto fonte (com adaptações):
https://www.christianitytoday.com/history/issues/issue-9/salvation-army.html
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