O Jornal Tocha da Verdade é uma publicação independente que tem como objetivo resgatar os princípios cristãos em toda sua plenitude. Com artigos escritos por pastores, professores de algumas áreas do saber e por estudiosos da teologia buscamos despertar a comunidade cristã-evangélica para a pureza das Escrituras. Incentivamos a prática e a ética cristã em vistas do aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como noiva imaculada. Prezamos pela simplicidade do Evangelho e pelo não conformismo com a mundanização e a secularização do Cristianismo pós-moderno em fase de decadência espiritual.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Verdades de piedade que não são guardadas


Em uma noite do verão de 1865, um pastor metodista, extremamente enérgico atravessou East End de Londres. Ele parou para ouvir um grupo de homens que estavam pregando do lado de fora da casa pública para Cegos Mendigos. Aqueles ensinamentos, os métodos e o fervor instigaram seu interesse. Percebido entre o grupo, ele foi convidado para pronunciar uma palavra. Sua pregação foi contagiante. Os pregadores que o ouviram ficaram encantados.
“Este é o homem que queremos na tenda”, concordaram.
Depois das reuniões noturnas de rua, eles caminhavam para uma velha tenda em um cemitério abandonado. Precisavam de um líder mais capaz do que eles para essas reuniões internas e, então, convidaram o ministro William Booth para assumir o comando. Alguns dias depois, no domingo, 2 de julho, ele realizou um serviço no qual nasceu e cresceu o Exército de Salvação.
William Booth nasceu em Nottingham em 1829, filho de um construtor mal sucedido. Ele fora assistente de penhorista em sua cidade natal em Kennington, Londres. Desde então, ele tinha sido um pregador em tempo integral por treze anos, mas naquela noite de verão ele não tinha compromisso. Entre os pobres de Whitechapel ele encontrou seu destino.
Lentamente foram convertidos muitos pelo seu trabalho e involuntariamente foi construindo um corpo cristão disciplinado. Inicialmente ele chamou de Missão Cristã. Em 1878, quando o nome da organização foi mudado para O Exército de Salvação, ele tinha oitenta e oito ajudantes pagos e operava cinquenta centros, de North Shields a Portsmouth, assim como no País de Gales.
Após a alteração para o título de ‘Exército’, William Booth ficou conhecido como o General e seus ajudantes em tempo integral como Capitães. Outros termos militares foram introduzidos. Um grupo de membros tornou-se um corpo de exército e seus termos de comissionamento tornaram-se artigos de guerra. O Exército de Salvação foi brilhante no seu início e continua com esse brilho nos centros que conservaram os pilares proclamados por Willian Booth. Talvez, sabendo o que estava por vir, proferiu uma sentença emblemática, figurando num profético, quando alertou:

“O principal perigo que confrontará o próximo século será a religião sem o Espírito Santo, o Cristianismo sem Cristo, o perdão sem arrependimento, a salvação sem regeneração, a política sem Deus, o Céu sem o Inferno.”

Na verdade, Booth alertou quanto à necessidade de conservação dos seus ideais cristãos, principalmente no que dizia respeito à salvação do pecador. Para isso, fazia-se necessário que os cristãos estivessem cheios do Espírito Santo para proclamar as boas novas. Infelizmente, o tempo no qual vivemos demonstra a apatia do meio evangélico e o oposto às propostas de Willian. Cristãos habituados a fornecer apenas atividades sociais, educativas e lúdicas, esquecendo-se das palavras de seu alerta comprovam esta triste situação quando este movimento levantado por Deus comemora 153 anos.   

Texto fonte (com adaptações): https://www.christianitytoday.com/history/issues/issue-9/salvation-army.html

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