John Bunyan nasceu na
pequena aldeia inglesa de Elstow. Seu pai era um funileiro, ou operário de
metal, que possuía seu próprio chalé, pagava impostos e se conformava à Igreja
da Inglaterra. John frequentou a escola apenas por alguns anos e, aos dez
anos de idade, considerava-se cativo do Diabo e dava-se ao xingamento, à mentira
e à blasfêmia contra Deus. Ele experimentou sonhos terríveis do Inferno:
fogo, julgamento e trevas eternas, mas os ignorava e se tornava um líder dos
jovens que praticavam pecados com grande entusiasmo. Em todo esse tempo,
ele estava aprendendo o ofício de seu pai.
Quando adolescente, John
escapou da morte por afogamento, de uma cobra venenosa e de um tiro de mosquete
(um companheiro que assumiu seu lugar como sentinela foi baleado na cabeça e
morreu). Ele reconheceu sua sobrevivência como uma graça de Deus, apesar
de seus muitos pecados. Casou-se e começou a frequentar a igreja duas
vezes por dia. Ele se descreve como enfeitiçado pelos bispos, paramentos e
serviços da Igreja da Inglaterra. Por cerca de um ano trabalhou para
controlar sua língua vil e tentava dar a seus vizinhos a impressão de que ele era
um homem piedoso.
Consciente de sua
hipocrisia, mas sem saber o que fazer a respeito, um dia seu trabalho o levou a
Bedford, onde ouviu mulheres sentadas ao sol falando sobre Deus e a nova vida
que desfrutam como consequência de sua comunhão com Jesus Cristo. Ele ficou
impressionado com sua condição feliz e abençoada e fez questão de lhes fazer
muitas visitas e aprender com esses puritanos. Foi quando começou a ler a
Bíblia com novos olhos e achar as Epístolas do Apóstolo Paulo doces e
agradáveis. Ainda assim, ele teme que haja um limite para o número de
pessoas que podem ir para o Céu e teme que seja tarde demais...
“Graça abundante para o principal dos pecadores é a
autobiografia espiritual de John Bunyan. Trata de sua conversão e luta com a
fé. Foi escrita quando Bunyan esteve preso por pregar sem licença. Sua
principal dificuldade era um tipo de “desordem obsessiva compulsiva
espiritual”, como diz um comentarista. As preocupações constantes de Bunyan
eram seu estado quanto à salvação e se Deus o considerava digno o bastante para
a vida eterna. Esta história comunica a angústia do autor com o próprio pecado,
sua confissão e o impacto da graça divina que salva e transforma vidas. As
lutas espirituais de Bunyan relembrarão aos leitores que até as grandes
personalidades da fé tiveram dificuldades em crer, e seu testemunho pessoal
incentivará todos os que porventura estejam duvidando do estado de sua
salvação.”
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