segunda-feira, 31 de agosto de 2020
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
terça-feira, 25 de agosto de 2020
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
Oasis Chorale - "Lift Your Glad Voices"
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
Cabelos naturais e a falácia midiática
Uma
suposta valorização do indivíduo passou a ocupar a pauta midiática quando a
mesma fala da conservação de cabelos naturais, enfatizando, principalmente, cacheados
e crespos como selo identitário de quem a mulher é de fato e de verdade. Pelos
meios de comunicação, agora, ouve-se uma defesa com espírito militante desses
dons naturais e da sua essência numa oposição severa à agregação de determinadas
ações para alterá-los. Essa fala também pretende resgatar o prestígio das mulheres
“desvalorizadas” em décadas passadas por não consentirem com a alteração de sua
naturalidade em meio à crise instaurada pela moda corrente daquele momento. Antigamente,
cabelos loiros, longos e brilhantes, estirados, pintados e frisados (alguns
ainda hoje) eram os que ganhavam maior notoriedade com status de beleza, enquanto
os demais, principalmente os crespos, eram ridicularizados e coagidos às
sombras para nem serem notados, mas a adesão à modificação de sua essência
capilar inseriria a mulher em outro patamar: o do reconhecimento e o de estar
na moda efervescente, como diria madame C.J.Walker. De fato, uma situação
explícita de exclusão social e de manipulação cujo real intento era apresentar
sempre a prevalência de determinados modelos de cabelos tidos como perfeitos em
detrimento de outros, seguramente, menosprezando esses outros por questões
raciais.
Por
outro lado, na genuína Igreja cristã sempre houve apreço pelos aspectos naturais
do cabelo e pela sua composição. Pedro, inclusive, inibe a prática manipuladora
do seu tempo ao falar que o adorno da mulher não deveria ser o frisado de
cabelos, antes o padrão natural (I Pedro 3:3). Duas razões específicas nos
motivam a pensar na doutrinação de Pedro: a valorização da naturalidade e a da
simplicidade. Em ambos os aspectos, destaca-se o verdadeiro sem ocultação ou
fabricação da falsidade. Via-se, desta maneira, o caráter honesto da fé na qual
a mulher cristã deveria conduzir-se para agradar a Deus naquilo que Ele lhe
proporcionou, sendo-lhe grata e contentando-se com a dádiva divina, muito
embora houvesse o peso da coerção social tentando lhe desviar das perspectivas
cristãs.
Mas,
a crítica midiática não pretendia reconhecer nosso comportamento cristão,
talvez por vergonha do seu erro ou por alegar extremismo religioso na
disciplina e no comportamento adotados pelas fiéis e símplices seguidoras do
Cristo. Mas são exatamente nessas manifestações das discípulas que encontramos
a valorização consciente pelo que são, sentindo prazer e gratidão pela
composição desta parte de seus corpos que as tornam únicas.
Apesar de algumas Igrejas evangélicas não respeitarem esses limites, existem muitas outras que preferiram a fidelidade e a observância da naturalidade ofertada por Deus, permitindo, desde antes dessa nova moda, a valorização dos cabelos naturais (sejam eles quais forem), opondo-se a essa “preocupação” da mídia mundana que alega rompimento com preconceitos raciais, mas, quem sabe, pode ser, na verdade, uma tremenda iniciativa para uma campanha publicitária cujo real intento seria alavancar vendas com produtos que realçam essa naturalidade, confirmando mais um capricho egoísta e mercadológico.
Pastor Heládio Santos
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
A Obra de Pacajus
Na
região metropolitana de Fortaleza, na cidade de Pacajus, a Igreja Batista
Renovada Moriá conta com duas congregações, uma na localidade de Lagoa Seca (primeiro
trabalho iniciado) e a segunda no bairro de Aldeia Parque. Ambas as congregações
foram iniciadas pelos irmãos Assis dos Anjos (in Memoriam) e Gustavo e conservam o anelo para conquistarem muitas
almas e guardarem a sã doutrina.
Atualmente,
o irmão Marcos Antônio e o irmão Gustavo dos Santos estão na liderança das
congregações. O ambiente já não é mais o mesmo da época em que foram iniciadas:
eram cercadas por matas nativas, pouca vizinhança e o acesso ainda era por
estrada de terra batida. Hoje, casas ao redor formam um bairro robusto, asfalto
com divisão para ciclo faixa demonstra o avanço das políticas públicas no local;
iluminação e telefonia estão mais acessíveis, facilitando a comunicação e a
interação com os evangelistas e cooperadores da Igreja que prestam apoio às
duas obras.
Apesar
das mudanças no âmbito social, a Igreja continua fervorosa e guardando a sã
doutrina, as pregações e as orações estão cheias de unção, os vivas de júbilo e glórias cumprem com a
participação notória da Igreja no culto, enquanto nas atividades evangelísticas os irmãos chamam
indivíduos ao arrependimento para se juntarem a essa comunidade de salvos para unidos
anelarem a vinda do Senhor, mas falta uma coisa. Na verdade, alguém, pois seu
longo trabalho realizado nesses locais e sua santa disposição de servir a
Cristo nos deixam muito saudosistas. A lembrança do irmão Assis dos Anjos nos
ajudam a amar ainda mais essa obra.
Que
o Senhor abençoe todos os congregados de Pacajus!
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Consagração de novo pastor de Caucaia (repostagem)
Em
noite de celebração ao Senhor (25/07/2020), a Igreja Batista Moriá-Caucaia assistiu mais uma
consagração de pastor e de diácono, acrescentando mais dois oficiais ao corpo de
obreiros, um ao presbitério e o outro ao grupo de diáconos. O evento foi
realizado em Sítio na região de Garrote (onde também há uma congregação da
Igreja) para atender as exigências e precauções quanto à transmissão do novo
coronavírus. Essa obra surgiu há alguns anos fruto do desdobramento da Igreja
do Nova Metrópole e Metropolitano.
No
culto fomos agraciados tanto pelos cantos entoados como pela Palavra pregada.
Um grupo de irmãs local cantou hinos inspirados elevando a Igreja ao patamar da
adoração. Era visível o fervor nas palavras entoadas saídas dos lábios das
servas do Senhor que provocavam brados de júbilo, glórias e aleluias. Foi de
fato uma preparação para ouvirmos a palavra ministrada na noite pelo pastor
Jander Lira cuja versatilidade explorou com maestria texto da Epístola aos
Efésios. O tom bastante inspirativo trouxe edificação e alegria para os
ouvintes, tanto para crentes como para descrentes, pois versou sobre o ofício
pastoral como ministério de aperfeiçoamento da Igreja de Cristo.
A
obra no Garrote surgiu há alguns anos com o consentimento do presbitério de
Caucaia e de sua Igreja. O pastor Jander Lira e o pastor Diego Bruno com a
visão expansionista do Evangelho entenderam à necessidade do local e a predisposição
de irmãos para o efetivo trabalho na região norte da região. Dentre esses
irmãos, sobressaiu-se o irmão Edlardo Messias trabalhando com afinco e
dedicação para ganhar almas e sustentá-las pela instrução dos preceitos
cristãos. Foi assim que os pastores verificaram sua vocação específica e
começaram sua preparação para que nessa noite recebesse a imposição de mãos do
presbitério. Na fala ao final da consagração, o pastor Edlardo agradeceu pelo
apoio recebido, relatou suas experiências para entender o chamado de Deus e
pela devoção apresentada cativou ainda mais seu público que o tinha reconhecido
anteriormente sem qualquer restrição.
Além
da presença da Igreja local, de familiares e amigos, compareceram ao evento o
pastor Heládio Santos, representante do presbitério de Fortaleza, sua esposa
Maninha, o evangelista Maurício e família e alguns irmãos da Igreja Batista
Renovada Moriá de Fortaleza.
No
mais, rogamos bênçãos sobre a vida e ministério do pastor Edlardo Messias para
que o mesmo persevere no árduo, mas prazeroso trabalho de pregar, ensinar e
viver com sua Igreja a são doutrina. Que o Senhor nosso Deus seja o referencial
e o provedor de todas as operações graciosas no meio do seu povo.
Pr. Diego Bruno, Pr. Jander Lira, Pastor Edlardo Messias e Pr.Heládio Santos |
Pr.Heládio Santos, Pr. Jander Lira, Pr.Edlardo Messias e Ev. Maurício |
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
Dez atitudes para "matar" seu pastor
1-) Trate-o com desdém, minando pelos cantos da igreja sua autoridade espiritual;
2-) Trate mal sua esposa e exija dela mais do que ela pode dar;
3-) Trate mal seu filhos, chamando-os de pestinhas ou coisa pior, colocando sobre eles um peso que não foram chamados a suportar;
4- ) Pague um salário de fome para ele;
5-) Desrespeite-o publicamente;
6-) Semeie dúvidas no coração dos irmãos quanto ao caráter dele;
7-) Desvalorize seus ensinos e pregações;
8) Comporte-se dolosamente falando mal dele para a liderança da igreja;
9-) Murmure o tempo todo demonstrando sua insatisfação com o trabalho desenvolvido;
10-) Faça-o trabalhar além da conta não concedendo a ele o direito a férias e descanso.
Extraído da página: https://www.jmnoticia.com.br/2016/09/22/10-maneiras-de-uma-igreja-matar-seu-pastor/
Respeite seus pastores
Paulo
acreditava que os anciãos de cada congregação local mereciam respeito e honra
por causa de seu trabalho, e incentivou os crentes em Tessalônica a mostrar
respeito e honra a seus anciãos. Hoje, receio que essas instruções simples
sejam frequentemente ignoradas. Receio que muitos pastores locais e
líderes cristãos, centrados no evangelho, que cuidam da igreja e que sirvam as
pessoas, não estejam recebendo a honra e o respeito que merecem daqueles a quem
servem. Por quê? Creio que a resposta (em parte) é a capacidade de
acessar facilmente grandes pregações e ensinos on-line. Os membros da
igreja podem ouvir on-line pastores e líderes cristãos conhecidos e serem
"discipulados" digitalmente.
O perigo do discipulado digital
Um
dos benefícios da tecnologia é a capacidade de seguir pastores, igrejas e
ministérios à distância. Temos acesso instantâneo a sermões, podcasts,
blogs e artigos de pessoas que nunca conhecemos pessoalmente, mas que
respeitamos muito. Isso é realmente uma bênção. Mas o que acontece
quando nosso amor e apreço por esses líderes cristãos articulados e conhecidos
nos fazem subestimar os pastores e líderes espirituais que Deus colocou em
nossas vidas? Devido à excelente pregação, ensino e escrita desses
respeitados líderes cristãos, os membros da igreja podem ficar tão apaixonados
por esses líderes que deixam de apreciar seus anciãos.
Isto
aconteceu-lhe? Talvez você frequente uma igreja com um pastor mais jovem
que não tem muita experiência. Ele ainda está aprendendo a pregar (não
somos todos pastores?). Comparado a Piper, MacArthur ou Chandler, ele
parece estar aquém (não é verdade?). Portanto, seu amor por Jesus, seu
amor por sua igreja e seu desejo de apontar as pessoas para Cristo através da
pregação da Palavra não são apreciados.
Talvez
você vá a uma igreja com um pastor mais velho. Ele nunca participou do
T4G. Ele não segue o blog de Tim Challies. Ele nunca leu Desiring
God, de John Piper. Ele não visita o site da Coalizão do Evangelho todas
as manhãs. Ele não escuta o podcast de Matt Chandler toda semana (Quero
dizer, o que ele poderia saber?!?) Ele amou a igreja e pregou o evangelho por
anos; ele simplesmente não acompanha as últimas celebridades
evangélicas. Então, questionamos sua relevância e minimizamos sua
fidelidade, e ele não é apreciado.
Talvez
você frequente uma igreja com um pastor estabelecido. Ele serviu fielmente
à igreja e pregou o evangelho por anos, mas não viu um crescimento numérico
explosivo. Ele aprimorou suas habilidades de pregação ao longo dos anos,
mas ainda não pode pregar com paixão ou articulação como David Platt. Ele
é sólido, mas não é excepcional (comparado a outros pastores de
celebridades). Então, ele é visto como médio ou medíocre, e não é apreciado.
Receio
que este seja o perigo dos pastores de celebridades e do discipulado
digital. Vemos os pontos fortes de um líder cristão à distância e
apreciamos seu ministério, mas não estamos perto o suficiente para ver
falhas. Por outro lado, estamos tão próximos de nossos anciãos e líderes
que vemos suas falhas e deixamos de apreciar suas forças e seu coração por
nós. Nossa exposição a grandes pregadores e líderes inadvertidamente nos
levam a deixar de apreciar aqueles em nossa própria igreja que estão sobre nós
e nos advertem.
Honrando Seus Anciãos
Como
podemos resistir à tentação de subestimar os líderes que Deus colocou em nossas
vidas devido à nossa visão idealizada de certas celebridades
evangélicas? Como apreciamos oradores e escritores cristãos conhecidos,
enquanto ainda honramos nossos anciãos e líderes da igreja? Aqui estão
algumas sugestões práticas:
1. Avalie
a mensagem, não o mensageiro. Não fique apaixonado pelo
mensageiro. Fique apegado à beleza da mensagem do evangelho. O
evangelho é da maior preocupação, não aquele que entrega o evangelho. Os
pregadores são apenas mordomos do mistério do evangelho; são apenas
arautos entregando uma mensagem para o rei. Portanto, não seja pego
celebrando o homem que está entregando a mensagem... seja pego glorificando na
cruz de Cristo!
2. Pare
as comparações. Pare de comparar seu pastor e líderes espirituais a
pregadores conhecidos e celebridades evangélicas e apenas aprecie sua
fidelidade ao evangelho e à sua igreja. Eles não podem pregar como Piper
ou Platt ou Chandler, mas se estiverem proclamando fielmente o evangelho e
amando sua congregação, reconheçam seu compromisso com o evangelho e a igreja
local e os honrem.
3. Concentre-se
em seus pontos fortes. Pare de se concentrar nas áreas excepcionais dos
pastores de celebridades e reconheça os pontos fortes de seu pastor ou líderes
da igreja. Embora seu pastor possa não ter as mesmas habilidades que seu
líder cristão favorito, sem dúvida ele tem áreas nas quais se
destaca. Preste atenção nessas áreas e agradeça a Deus por um pastor que
possui essas características e habilidades específicas.
4. Orem
por suas fraquezas. Todo pastor tem uma área (ou áreas!) na qual eles
lutam. Eles têm deficiências e fraquezas. Em vez de reclamar dessas
fraquezas ou menosprezá-las por suas deficiências, ore por elas. Ore para
que Deus os faça crescer e transforme suas fraquezas em forças.
5. Aprecie
as coisas "pequenas". Os pastores fazem muitas coisas que passam
despercebidas. As orações diárias oferecidas à congregação... a liderança
fornecida a outros membros da equipe ou líderes da igreja... os esforços de
evangelismo e divulgação na comunidade... as sessões de aconselhamento para
casamentos desfeitos e famílias feridas ... as visitas ao hospital... os
funerais... os casamentos... os sermões preparados... os eventos
presentes. Você entendeu a ideia. Pastores fazem muito. Graças a
Deus por um pastor que ama as pessoas e está com elas. Aprecie as coisas
"pequenas" que não acontecem atrás do púlpito.
Conclusão:
honre e respeite os líderes que Deus colocou em sua igreja e em sua
vida. Paulo não diz reconhecer aqueles que pregam grandes sermões,
escrevem excelentes blogs ou supervisionam ministérios de sucesso. Ele
disse para "respeitar aqueles que trabalham entre vocês e estão sobre você
no Senhor e admoestar você...". Aqueles que trabalham em sua igreja
merecem respeito. Quem lidera você merece respeito. Aqueles que o
advertem merecem respeito. Então, cristão, pare de bajular o "pastor
de celebridades" e respeite os mais velhos.
O
Dr. Jared Bumpers é o Diretor de Vida e Eventos Estudantis no Seminário
Teológico Batista do Centro-Oeste e no Spurgeon College. Ele obteve seu
PhD em Pregação pelo The Southern Baptist Theological Seminary. Ele é
casado com Kimberly e tem quatro filhos: McCartnie, Rush, Maverick e Jett.
O Peso de Glória da Admoestação
Você
já parou para refletir sobre a forma como Jesus admoestava os pecadores? Sim, Ele
os admoestou! De forma especial e inspirativa procurava despertá-los para o
arrependimento através da proclamação da primordial mensagem, a do Reino de
Deus. Era a busca pelas ovelhas perdidas de Israel, primeiramente; revelou-se,
em tempo posterior, na elucidação de sua vontade divina, ser também apropriada
para os “cachorrinhos” que comiam das migalhas caídas da mesa dos filhos (Marcos
7:28), ambas desgarradas por causa das vicissitudes da vida. Estabelecendo um
princípio, Nosso Senhor, cheio de compaixão e misericórdia, falava com uma
fluência estimulante e deixava perceber a grandiosa virtude da preocupação
individual sem qualquer outro propósito, senão o de restituir vidas para Deus
pela venerável arte da admoestação. Assim, discorrerei sobre o assunto
procurando chamar a atenção do leitor para a forma adequada de usá-la para a
glória de Deus e nunca para a vanglória humana.
A mensagem de Cristo era contagiante
porque livrava o pecador da morte e o reconduzia para uma Nova Vida, caso houvesse
arrependimento. Quem não se lembra da pecadora “aprisionada” por uma turba de
homens que a pegaram em ato de adultério? De Zaqueu, o embusteiro, enriquecido
pelo surrupio de bens alheios? De Paulo, o perseguidor da Igreja? Todos são claros
exemplos da transformação operada pela graça e suas histórias ecoam para que
outros despertem, assumam sua condição e aceitem a repreensão benevolente do
Amado Salvador em arrependimento. Seus frutos? Dos dois primeiros há poucas
informações, mas de Paulo encontramos uma prova concreta de que ao aceitar o
beneplácito divino permitiu da mesma forma ser portador daquela mensagem
prodigiosa, admoestando seus ouvintes e em seguida à Igreja por semelhante
caminho: “Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei,
noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós” (Atos 20:31).
Lembro, segundo os exemplos acima, que
a admoestação deverá ser sempre uma repreensão benevolente em qualquer situação
que a motive. Reconheço que em alguns momentos não seja algo muito fácil até porque
podem alguns ser tomados mais pelo calor das circunstâncias do que pela virtude
propriamente cristã. Mas é exatamente por não se achar apto para a repreensão
que se faz necessário um retorno, talvez até cotidianamente, àqueles princípios
contidos nos Evangelhos para aprumar a conduta pelo grandioso fundamento. Sobre
esses princípios, posso lembrar as Bem-Aventuranças do sermão do monte. Indubitavelmente,
um manancial de vida e de espiritualidade, conferindo conhecimento autêntico de
como é o comportamento cristão e o referencial para sempre praticá-lo. Todos
aqueles que se aprofundam nesses temas têm a possibilidade de alcançar o
gracioso testemunho que evidencia o ápice da carreira cristã (oh, como anelo!).
Com eles e com tantos outros ensinos sobre as virtudes cristãs, a Igreja pode
ser conduzida a olhar o outro (o membro do corpo de Cristo, o cristão
congregado) com muito mais piedade e compaixão. Afinal, ele é o destino da
admoestação e também faz parte da Noiva de Cristo.
Admoestar é repreender para correção, é
denunciar o pecado encarecendo o bem a fazer e é a prova incontestável do
apreço e cuidado pela vida de um cristão surpreendido por algum delito. Paulo
nos conduz a agir em admoestação com muita sabedoria e cuidado nos seguintes
termos: “Não repreendas asperamente o ancião, mas admoesta-o como a pai; aos
moços como a irmãos; as mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs,
em toda a pureza” (I Timóteo 5:1-2). Até mesmo para os rebeldes e insurgentes
existe uma maneira de tratamento no arcabouço apostólico que visa sua reparação
espiritual: “Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai
o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o
tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão” (II Tessalonicenses 3:14-15).
Daí
repousa sobre os possuidores deste excelente dom grande responsabilidade,
porquanto não serão emissários de uma repreensão descompromissada, mas se
prestarão à arte e ao dever de admoestar para edificar. É procurando estimular
a busca por este conhecimento que asseguro a necessidade de a Igreja de
Tessalônica ser mais conhecida através das epístolas paulinas, e não ser
examinada superficialmente ou como se diz por estes lados da Terra Brasilis, com ligeireza. Ora,
Paulo atesta que essa Igreja tinha uma prática louvável de velar pelos seus
membros: admoestação para edificação. Entendo que existia reciprocidade na
situação, não havendo interesses espúrios entre o admoestador e o admoestado
criando, assim, o ambiente perfeito para o exercício e prática da virtude apresentada.
Refiro-me, nestes termos, porque vem de Paulo a informação que não me permite
pensar nada além disso: “Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo
menção de vós em nossas orações, lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé,
do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo,
diante de nosso Deus e Pai” (I Ts 1:2-3). Era uma Igreja fiel não somente na
doutrina, mas na sua prática; não apenas pregava, mas vivia o que pregava;
correspondendo ao supremo interesse de juntar seus congregados e acolhê-los
sempre para edificá-los (tomando emprestado o anseio de Cristo ao relatar seu
desejo de juntar e unir os filhos de Israel em Lucas 13:34).
Conhecer
um crente espiritual é muito fácil e ao mesmo tempo muito difícil. Entenda-me,
a singularidade como pratica suas obras e se relaciona com o próximo já seria
mais do que suficiente, contudo, talvez em decorrência da fertilidade julgadora
nada edificante de algumas mentes injuriosas, torna-se complicado provar para
esses carrancudos os santos afetos. Além disso, não confunda o interesse do
postulado apostólico com as formas de direitos de hoje. Por força de ideologias
e elementos de reivindicações de direitos seculares muitos não gostam de ouvirem
admoestações, muito embora precisem. Para eles, isso soa como julgamento
temerário. Não é! Estão tão cheios do espírito reivindicante secular que se
esqueceram da simplicidade que o cristão deve ter à semelhança do Cordeiro de
Deus, inocente, que caminhou mudo perante seus tosquiadores. O admoestado deve
entender que a indicação de pecado na fala do seu admoestador, pautada na
Escritura, representa o melhor para a sua carreira cristã, pois a orientação
não vem do homem antes vem de Cristo. Doravante, não se deve entender essa
relação como uma disputa na qual vence aquele que apresentar o melhor argumento
quando alguns, inclusive, injetam sofismas e predicações desconexas com os fatos.
Com
ideal completamente contrário ao supracitado, Jesus ensinou a predisposição
para conservação da comunhão entre os irmãos através dos seguintes termos: “se
teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir,
ganhaste a teu irmão” (Mateus 18:15). Vejo no texto como motivação do fato a prática de pecado contra alguém, a
forma de ação é ir até quem pecou e a
maneira de resolver por um diálogo
amigável e compassivo. Emerge, então, uma dupla possibilidade como
consequência: aceitar ou não aceitar a repreensão. A aceitação encerra o
problema (glória a Deus!), mas a não aceitação gera maiores problemas, quais? A
rebeldia imperante do admoestado ou a possibilidade de pensar sobre a falta de
perícia (sabedoria) do admoestador. Por que o admoestador não foi exitoso em
sua ação? Talvez pela falta de destreza em demonstrar piedade, compaixão e amor
pelo admoestado; talvez, por inexperiência; talvez, por expressar de forma
explícita desinteresse no “resgate” do amoestado; enfim, dentre outras
possibilidades. Contudo, em Lucas 17:3, em igual narrativa sobre esse
doutrinamento, exige-se cautela e atenção para ambos os lados da questão:
“Olhai por vós mesmos” a fim de que a prudência e a compaixão permaneçam na
resolução do conflito. Noutras palavras, tanto um como o outro devem sujeição
ao Santo Espírito para que através dele possam ser conduzidos pelo caminho em
busca da paz entre ambos.
Aos
que gozam do sublime talento de admoestar, procurem utilizá-lo com capricho e
reverência porque é destinado à Noiva de Cristo em sua particularidade. Não
ostentem vanglória ou vil sentimento de merecimento já que não somos dignos de
tê-lo. Não usem para maltratar o irmão ou a irmã muito embora a prática que
motivou a censura possa ter sido repugnante, antes seja prudente e sério diante
do pecado; jamais coloque sobre si a mancha do desprezo pelo outro (Mateus
18:10). A regra paulina, se é que posso chamar assim, está explicitada em
Gálatas 6:1 e diz: “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma
ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão;
olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado”. Neste caso, pode não
haver uma segunda pessoa envolvida no pecado como acima descrito, simplesmente,
esse(a) cristão(ã) incorreu numa prática pecaminosa afetando somente a si.
Outro cristão não envolvido, mas ciente do teor da ocorrência pode ter visto ou
ter ouvido ou, ainda, ter recebido a confissão. Em mente, deve entender e
praticar as ações explícitas e implícitas no texto, quais sejam: julgar,
inicialmente, com afetação de dor e pesar (Romanos 12:15) pelo fato de algum cristão ter sido surpreendido em
alguma ofensa que quer dizer que não era o hábito ou o normal de se ocorrer
[não posso como cristão ficar feliz ou ter qualquer outro sentimento quando
um(a) irmão(ã) em Cristo sofre o prejuízo da queda]; procurar encaminhar o tal com a sensatez da mansidão,
haja vista ações sem equilíbrio emocional e sem o domínio de espírito, por mais
inquietante que seja a ocorrência, poderá enviesar para outros rumos distintos
dos quais pretendia o Espírito de Deus ao se pronunciar por instrumentalidade
de Paulo; ser vigilante e solidário para
não ser tentado por igual artificio do inimigo (geralmente digo que devemos
nos colocar na mesma situação para que nessa internalização do fato encontremos
a forma mais adequada de auxiliar em conformidade ao que Jesus nos ensinou:
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também
vós, porque esta é a Lei e os Profetas” [Mateus 7:12]). A meu ver, esses são
alguns pré-requisitos essenciais para os que admoestam, ora chamados de
“espirituais” por Paulo.
Como
cristão, não posso me omitir da prática da admoestação, sobretudo, porque
deverá expressar o cuidado de Cristo a um “soldado caído”. A Igreja assumiu
essa função na sua individualidade e na sua coletividade com expectativa do
mesmo fim: a reparação e a edificação. Portanto, jamais poderá se omitir,
jamais deverá rejeitar, jamais deverá recusar-se a praticá-la visto que está em
causa a saúde espiritual do seu próprio corpo, pois um só membro, por mínimo que
pareça, é necessário. Que o Espírito de Deus continue nos encaminhando para
praticar todo o bem necessário sem reservas, como disse Pedro: “aparte-se do
mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a” (I Pedro 3:11).
Pr.
Heládio Santos
O Evangelho inegociável
Afinal,
a pretensão do Evangelho consiste em ser a máxima prevalecente ou não? A
verdade contida nas suas muitas doutrinações são de fato a verdade ou o homem
tem a capacidade de redefiní-lo, indo além ou mutilando o que está escrito como
que tendo o poder para fazê-lo? Se o homem pode determinar a maneira de ser do
Evangelho, não seria o Evangelho apenas um objeto utilitário com rótulo
dogmático ou até mesmo ideológico? Se o Evangelho pode ser vivenciado de uma
maneira determinada numa cultura e de outra noutra cultura, não seria o
Evangelho, então, um possível subproduto cultural gerado pelo próprio homem em
decorrência de sua necessidade “espiritual” para expressar-se diante do Sagrado
e também um manual sagrado multifacetado (pensa-se assim na Antropologia)?
Apesar de muitos cristãos não se auto definirem com semelhantes pensamentos é
exatamente assim como tratam o Evangelho; seja no seu consciente ou no seu
inconsciente o entendem como objeto maleável e subjugado ao querer humano e não
o contrário. Lembremo-nos de que o Evangelho é inspirado por Deus e todo
direcionamento proposto por ele tem a finalidade de trazer um alinhamento do
homem com as virtudes divinas. Baseado nessa premissa, ponderaremos sobre algumas
impressões sobre o verdadeiro Evangelho e o que ele propõe, tentando
desmistificar e denunciar o suposto poderio humano.
O Evangelho não pode ser pensado como uma
quantidade limitada, referindo-se somente aos quatro livros que narram a
História do Messias. O Evangelho concentra sua mensagem neles, mas extrapola
para os demais conteúdos bíblicos, sendo, desta maneira, um “portal” pelo qual
poderemos atingir toda a revelação divina para esta vida. A exemplo, vejamos o
apóstolo Paulo informando sobre a experiência de Abraão no Evangelho: “Ora,
tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios,
anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: todas as nações serão benditas
em ti” (Gálatas 3:8), e o apóstolo João narrando evento dos finais dos tempos
ao dizer: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno,
para o proclamar aos que habitavam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e
língua, e povo,” (Apocalipse 14:6). Ambos fazem indiretamente menção ao
dimensionamento temporal do Evangelho, ou seja, de Gênesis a Apocalipse.
Portanto, podemos dizer que a mensagem do Evangelho abrange toda a História da
Humanidade.
Perscrutando um pouco mais, a mensagem
do Evangelho tem a finalidade de mudança. Lemos do precursor de Cristo as
palavras ainda vigentes: “Arrependei-vos, e crede no Evangelho” (Marcos 1:15).
Arrependimento consiste na contrição verdadeira que é um misto de tristeza pela
vida de desobediência a Deus com a súplica pelo favor divino para poder
caminhar-se de modo diferente a partir do encontro com a verdade. À luz do
Santo Espírito, mentes transformadas pelo arrependimento aprendem que perder a
vida de pecados, paixões e ilusões do mundo por amor de Cristo e do Evangelho permite-as
adentrar a dimensão da salvação eterna da qual nem o injusto acusador será
capaz de roubá-las daquele que as sustenta. Ademais, investidos na dimensão
espiritual gozam da certeza inviolável da fé, da renúncia voluntária ao
malfazejo e da alegria refulgente emanada da comunhão com o Senhor.
Emocionalismo religioso barato? Não, a segura certeza da paz com Deus!
A
experiência cristã pelo Evangelho é transformadora e consequentemente o
redimido ruma desviando-se da vida pecaminosa e endireitando-se através da
palavra restauradora de Cristo porque é incapaz de realizar por si só uma obra
dessa envergadura. É também bem-aventurada e gera uma satisfação indizível e
indescritível por uma razão apenas: revela o poder do legítimo Evangelho de
Cristo, como diria Paulo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo,
pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16)! Este
é o Evangelho antigo que é sempre novo, continuando capaz de fazer com que um
homem seja curado de lepra e volte glorificando a Deus em alta voz (Lucas
17:15), uma pecadora caia aos pés do Salvador em prantos suplicando sem
palavras por perdão e encontre-o (Lucas 7:37-38), haja reconhecimento pelo
carisma de um grupo de pessoas desconhecidas na grande maioria, mas que vivem a
experiência do Evangelho sem preconceitos ou restrições e conseguem levar
outros para Cristo pelo seu exemplo (Atos 2:47) e é capaz de nos fazer obedientes
a Deus sem oposições aos postulados bíblicos, assim como ensinado pelo santo
apóstolo ao dizer: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”
(Efésios 5:1).
O
amor a Cristo pode ser elencado como a principal razão pela qual o cristão
sente profunda paixão pela obediência, como o apóstolo atestou: “o amor de
Cristo nos constrange” (I Coríntios 5:14). Não entenda o leitor “o amor de
Cristo” como um sentimento romantizado, como supõem algumas correntes cristãs
contemporâneas. Entenda-o como a causa da nossa sujeição voluntária, gerando prazer
pela obediência a Ele, conforme Paulo complementa: “E ele morreu por todos,
para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles
morreu e ressuscitou” (I Coríntios 5:15). Apesar de soar como um dever e
obrigação de retribuição, o autêntico cristão encontrou a graça imerecida que o
faz sensível à prédica apostólica de querer agradar a Cristo, desvencilhando-se
de todas as formas de pecados censuradas pelas Escrituras.
Entretanto,
em alguns casos, líderes religiosos ensinam e preferem fazer diferente, ou
seja, manipulam o conteúdo santo do Evangelho como se fossem seus donos para
permitirem um modo de vida licencioso, sem a devida piedade de Cristo e
impossibilitando seus seguidores de provar o manancial de Deus. Basta
compreendermos a licenciosidade como a propagação de um comportamento distinto
daquele do Evangelho como a mundanização dos comportamentos e dos modos de vida
dos cristãos modernos. Dentre alguns poderíamos elencar: a dessacralização do
modo de vida cristão, a rejeição ao exame bíblico cotidiano e individual que formaria
o caráter sob a perspectiva bíblica (jovens cristãos são mais influenciados por
livros de ficção do que pela Bíblia), a permissividade de estereótipos
caracterizados pelos padrões seculares e não pelos evangélicos, a abstinência
dos ritos individuais como jejum, oração individual e confissão, o desapego
pela renúncia aos prazeres, o consentimento e permissividade para audição de
músicas mundanas, praticar danças, namoros indecentes, divórcios etc. Esses “teólogos”
trôpegos e cegos não conseguem aceitar a obediência plena e restrita ao sagrado
Evangelho nem alcançar a experiência de satisfação cristã porque nunca souberam
olhar humildemente para a cruz de Cristo, por isso, tentam fazer arranjos dos
quais maculam suas vidas além do que já estão diante de Deus, além de formarem
um grupo de seguidores pelo mesmo caminho de rebeldia. A nós, cabe a recusa à
exposição apostática, sem vida e aliciada pelos paradigmas seculares destes
emissores de falas estranhas. Eles que modificam e reinterpretam o Evangelho
são chamados de fonte sem água e nuvens levadas pela força do vento, ou seja,
não falam do Evangelho porque não o tem e são levados pelas tendências mundanas
de tal modo que suas falas são mui arrogantes (arrogam pra si o legítimo
conhecimento sem tê-lo), cheias de vaidades, e engodam com as concupiscências
da carne; prometem liberdade, mas se auto aprisionam como servos da corrupção;
são eles de quem se diz: deixaram o mundo, mas foram envolvidos e vencidos
novamente; sobre eles está escrito: “o cão voltou ao seu próprio vômito, e a
porca lavada ao espojadouro de lama” (II Pedro 2:22). Homens simples, humildes
servos e piedosos são de fato aqueles que devemos querer ouvir porque valorizam
o Evangelho como ele é e não como outros gostariam que fosse. Consentir com
este termo, assegura o alinhamento com a verdade.
Muito
embora haja a nítida manipulação do Evangelho pelo mundo afora, sabemos que ele
é inegociável. Mesmo que alguém tente arrogar para si o poder de atualizá-lo ou
modernizá-lo, ele não aceita a modificação de sua essência absoluta. Constitui-se,
desta forma, o de querer mudar a essência do ensino, uma ação apóstata com
sérias prescrições contra os que tais coisas praticam. Imaginamos que está em
causa à prevalência do intento humano em detrimento ao divino com a consecução
de tudo quanto converge em militância para o desaparecimento da ideia Deus.
Suplantar sua vontade no Evangelho, se fosse possível, retiraria a
potencialidade de haver justiça e equilíbrio no mundo e não causaria somente a
repulsa divina que se manifestará em julgamento oportuno e futuro, mas também o
desvio intencional de multidões pela fertilização de ideias obstinadas nas
mentes vulneráveis ao inimigo de líderes carnais e modernos. Por isso, a regra
do Evangelho é uma: ou se aceita como ele é ou não se aceita. Viver pelo
Evangelho requer renúncia, sujeição e humildade, enquanto que em oposição ao
sublime ensino o mundo propõe um conjunto completo de contrariedades: exigências,
autonomia e exaltação do indivíduo. Fiquemos com o Evangelho de Deus e
rejeitemos o evangelho dos homens, asseverando também a exortação de
C.H.Spurgeon: “Devemos pregar o Evangelho... conforme a mente de Deus, o
testemunho de Jeová a respeito de seu próprio Filho, e em referência à salvação
para os homens perdidos. Se tivéssemos sido confiados à produção do Evangelho,
poderíamos tê-lo alterado para atender ao gosto deste século, mas nunca fomos
comissionados a originar a boa notícia, mas apenas a repetí-la, não nos
atrevemos a ir além do que está escrito. O que temos sido ensinados por Deus,
nós ensinamos. Se não fizermos isso, não somos aptos para nossa posição”
(Sermão “A necessidade de decidir-se pela verdade” de 1874).
Pr.
Heládio Santos
Assis dos Anjos, servo de Cristo
Foi no início da década de noventa,
na casa alugada para reuniões na rua Pinho Pessoa, que recordamos do primeiro
contato com o irmão Assis dos Anjos. O pastor Glauco já o conhecia das
pregações nas praças de Fortaleza e como ambos compartilhavam o ideal de pregar
e anunciar a mensagem da cruz desenvolveu-se um carinho especial um pelo outro,
empenhando-se, desde então, numa ajuda mútua. A visita naquela noite de sexta-feira,
no culto de doutrina, foi mais do que um reencontro. Assis dos Anjos veio para
cumprir uma promessa, a de ser membro da Igreja iniciada pelo jovem pastor. Mas
a surpresa foi ainda maior porque junto com o irmão Assis vieram sua esposa,
seu irmão (Gustavo), seu filho e muitos outros parentes (nosso pequeno local de
culto ficou lotado pela primeira vez). Em seguida, surgiria nosso primeiro
ponto de pregação (Conjunto BR-116), localizado nas proximidades da Aerolândia,
sob a liderança deste bravo soldado de Cristo. Anos depois foi para Pacajus
onde se estabeleceu já em avançada idade, mas com vigor invejável para fazer a
obra. Nesta cidade, temos duas congregações que direta e indiretamente contaram
com sua participação, uma das quais sob a responsabilidade de seu irmão
Gustavo.
O
irmão Assis dos Anjos sempre foi um homem humilde e sincero, amante da Palavra
de Deus. Soube conduzir sua vida sem regalias, apreciando em Cristo a
experiência profunda da dependência. Nunca reclamou das circunstâncias, nunca
murmurou; mesmo sem condições financeiras favoráveis sempre presenteava a obra
de Deus com algum recurso para vê-la em franca continuidade: levantou templos, montou
bancos, adquiriu recursos e equipamentos. Podem os homens não saberem nem
lembrarem seus feitos neste mundo; o justo galardoador, entretanto, tem em
depósito a vasta contribuição dada pelo seu singelo servo. Suas pregações que
tivemos o prazer de ouvir diversas ecoaram para além dos momentos em que elas
eram pregadas. Ainda hoje lembramos as máximas utilizadas em suas pregações.
Quando falava sobre mariolatria, ao relatar um evangelismo a um católico, ele
dizia: “ela nem é minha nem é sua” referindo-se ao fato de Maria não poder ser
mãe dos homens, vindo em seguida sua memorável gargalhada, satisfazendo-se em
gozo e alegria no espírito por pronunciar uma verdade da Escritura. A mesma
gargalhada era ouvida nas muitas pregações de qualquer irmão que usava da fala
para transmitir a mensagem do Evangelho. Assim, o nome de Jesus sempre foi
precioso para o irmão Assis, tanto no falar como no ouvir, alegrava-se em
espírito.
Hoje(24/06/2020), as
dores e os infortúnios do corpo mortal foram superados pelo contágio da
refulgente glória; seu espírito e alma estão diante do trono do Altíssimo.
Nosso querido irmão acendeu ao lar eterno, foi colhido pela mão do Todo-Poderoso
por já está madura... foi promovido após realizar sua missão nesta vida.
Que Senhor console os familiares e a
Igreja
Presbitério de Fortaleza