Foi no início da década de noventa,
na casa alugada para reuniões na rua Pinho Pessoa, que recordamos do primeiro
contato com o irmão Assis dos Anjos. O pastor Glauco já o conhecia das
pregações nas praças de Fortaleza e como ambos compartilhavam o ideal de pregar
e anunciar a mensagem da cruz desenvolveu-se um carinho especial um pelo outro,
empenhando-se, desde então, numa ajuda mútua. A visita naquela noite de sexta-feira,
no culto de doutrina, foi mais do que um reencontro. Assis dos Anjos veio para
cumprir uma promessa, a de ser membro da Igreja iniciada pelo jovem pastor. Mas
a surpresa foi ainda maior porque junto com o irmão Assis vieram sua esposa,
seu irmão (Gustavo), seu filho e muitos outros parentes (nosso pequeno local de
culto ficou lotado pela primeira vez). Em seguida, surgiria nosso primeiro
ponto de pregação (Conjunto BR-116), localizado nas proximidades da Aerolândia,
sob a liderança deste bravo soldado de Cristo. Anos depois foi para Pacajus
onde se estabeleceu já em avançada idade, mas com vigor invejável para fazer a
obra. Nesta cidade, temos duas congregações que direta e indiretamente contaram
com sua participação, uma das quais sob a responsabilidade de seu irmão
Gustavo.
O
irmão Assis dos Anjos sempre foi um homem humilde e sincero, amante da Palavra
de Deus. Soube conduzir sua vida sem regalias, apreciando em Cristo a
experiência profunda da dependência. Nunca reclamou das circunstâncias, nunca
murmurou; mesmo sem condições financeiras favoráveis sempre presenteava a obra
de Deus com algum recurso para vê-la em franca continuidade: levantou templos, montou
bancos, adquiriu recursos e equipamentos. Podem os homens não saberem nem
lembrarem seus feitos neste mundo; o justo galardoador, entretanto, tem em
depósito a vasta contribuição dada pelo seu singelo servo. Suas pregações que
tivemos o prazer de ouvir diversas ecoaram para além dos momentos em que elas
eram pregadas. Ainda hoje lembramos as máximas utilizadas em suas pregações.
Quando falava sobre mariolatria, ao relatar um evangelismo a um católico, ele
dizia: “ela nem é minha nem é sua” referindo-se ao fato de Maria não poder ser
mãe dos homens, vindo em seguida sua memorável gargalhada, satisfazendo-se em
gozo e alegria no espírito por pronunciar uma verdade da Escritura. A mesma
gargalhada era ouvida nas muitas pregações de qualquer irmão que usava da fala
para transmitir a mensagem do Evangelho. Assim, o nome de Jesus sempre foi
precioso para o irmão Assis, tanto no falar como no ouvir, alegrava-se em
espírito.
Hoje(24/06/2020), as
dores e os infortúnios do corpo mortal foram superados pelo contágio da
refulgente glória; seu espírito e alma estão diante do trono do Altíssimo.
Nosso querido irmão acendeu ao lar eterno, foi colhido pela mão do Todo-Poderoso
por já está madura... foi promovido após realizar sua missão nesta vida.
Que Senhor console os familiares e a
Igreja
Presbitério de Fortaleza
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