O Exército de
Redenção Moriá surgiu com o objetivo de enfrentar os problemas espirituais e
sociais provenientes da classe menos favorecida da pirâmide social, marginalizada
pela sociedade que por sua vez se omite ao não fornecer providências diante do
caos onde vivem milhares de indivíduos carentes. Desta forma, o ERM tem a “preocupação
com o bem estar social, com foco na reintegração e reinserção num ambiente
social saudável e equilibrado, abrangendo as áreas física, psicossocial e
espiritual”, como asseverou a tenente Fidelis sobre a proposta do agrupamento.
Como prova consistente das pretensões
do Exército, inúmeras atividades sociais e evangelísticas já foram realizadas
nestes últimos anos. Bairros de Fortaleza, cidades do interior do Estado e
cidades de outros estados receberam a visita desta força tarefa que trouxe
grande despertamento entre os atendidos. A percepção quanto às ações,
principalmente a atenção que o Exército dedica aos indivíduos marginalizados,
faz sentirem-se lembrados, entendendo que alguém se importa com eles. Basta
isto para eles darem atenção a sua mensagem. A forma de abordagem e atenção do
ERM encoraja os diversos sujeitos em situação de risco a saírem do estado depreciativo
no qual se encontram para anelarem outro que possa lhe dar uma vida digna.
Em mais uma ação do Exército, em
dezembro/17, o grupo realizou uma incursão em zona “minada” cujo histórico
remonta décadas de marginalidade. O local escolhido ou inspirado por Deus para
visitação destes valentes de Deus foi a comunidade do Moura Brasil,
vulgarmente conhecido como “oitão preto”,
termo pejorativo que elenca todas as formas de atos pecaminosos, desde prostituição
até homicídios. Em 20/12/17 foi realizado um evangelismo ostensivo com
distribuição de sopão na comunidade. Conforme atestou a tenente Fidelis, “uma
verdadeira cracolândia em Fortaleza, onde muitas pessoas que se encontram ali
pareciam literalmente zumbis, não só pelo aspecto cadavérico, mas também pelo
excesso de consumo de crack, cocaína, cola, bebida alcoólica e toda sorte de
vício que aprisionam o corpo e a alma do ser humano”.
Imagine a cena. Becos e ruelas escuras
e sujas. O odor excessivamente podre, capaz de afugentar qualquer pessoa com
bons hábitos de higiene pessoal. Edificações em ruínas, abandonadas quando os
pobres começaram a se estabelecerem no local há décadas, quando Fortaleza
vivenciou a “Belle Epoque”, tempos em que houve uma inserção de modos e
comportamentos franceses na cultura cearense, algo que enobrecia a população
fortalezense. O Passeio Público, praça situada bem próxima onde o ERM atuou,
era o ponto de encontro de autoridades e personalidades da alta sociedade,
trajados com seus longos e requintados vestidos, com ternos finos e bem
engomados e bigodes bem afilados. Um verdadeiro contraste se compararmos os
dois períodos. Entretanto, a falta de higiene, de pavimentação para uma
adequada mobilidade e o clima de medo devido à hostilidade dos moradores percebido
por quem tem a experiência no local não representou obstáculo para o Exército.
Com um grupo de aproximadamente 21 soldados, o ERM entrou em “solo inimigo”
marchando, empunhando cada um suas Bíblias e louvando com todo o fervor e a
plenos pulmões o hino 15 da Harpa Cristã, hinário utilizado por Igrejas
Evangélicas. No evento, foram realizadas 3 pregações ao ar livre, evangelismos
pessoais e foi servido dois caldeirões de sopa com pão.
Ousadamente, o capitão Braga fez uma
incursão morro acima (o Moura Brasil é uma comunidade que fica em um morro),
deparando-se com uma situação ainda mais deprimente: grupos de jovens, homens e
mulheres de diversas idades abrigados em casebres sem iluminação com seus
cachimbos de crack, numa reunião extremamente pesada. Um grande desafio! Uma
senhora descrente que ajudou nos custos do sopão não aguentou a pressão daquele
“inferno”, não achando que existia lugar tão tenebroso em Fortaleza e resolveu
retornar daquela atividade. Mas, tendo os integrantes do Exército se
reagrupado, oraram e subiram marchando e louvando o hino “Soldados somos de
Jesus...”, ao “som de trovão”. Muitos dos que estavam apegados ao vício
correram ou se esconderam diante do alarde, tamanho foi o espanto, enquanto
outros saíram para verificar do que se tratava. Aquelas densas trevas foram
dissipadas pelo raio de luz da pregação do Evangelho que gerou reconciliação.
Depois de saírem do local, os irmãos
ficaram sabendo que era necessária a autorização dos chefões da localidade para
as referidas atividades. Respirando profundamente, os irmãos relataram que
entraram no lugar sob a permissão do Chefe Maior, Jesus Cristo!
Oremos para que Deus
levante mais valentes para o Exército de Redenção Moriá a fim de vermos muitas
vidas alcançadas.
Louvo a Deus, pelo exército da redenção.
ResponderExcluirRogo ao Senhor dos Exércitos que levante mais Soldados qua amém mais seu General do que suas próprias vidas.
ResponderExcluirPara que possamos não só alcançar, mas resgatar almas que se encontram em mais profundo estado de miséria não só material, mas primordialmente, espiritual.