O mastro de uma navegação é o objeto posto
na sua parte central que lhe garante a sustentação de vários elementos náuticos
para dar visibilidade à nau, também para garantir a orientação precisa nos
mares em virtude de sua disposição quanto às velas. Sob a orientação do
navegador, a velas são posicionadas de acordo com o curso pretendido, mas
jamais conseguem mudar o padrão e a situação arraigada do mastro. Por assim dizer,
firmeza seria um ótimo substantivo para defini-lo, já que o mastro propõe segurança
para o perfeito trajeto a ser percorrido.
Com essa breve ilustração,
chamamos a atenção para termos bem definidas nossas convicções, pois são elas
que fundamentam nosso viver e propõem o direcionamento para o futuro. Sem
convicção o homem não passa de um indivíduo vazio.
Como cristãos, temos em
Cristo nosso fundamento; Ele é a Rocha e também a âncora para aportarmos com
segurança no porto da doutrina do mestre (Hebreus 6:19). Sabemos que seus
preceitos nunca evoluem. Já foram entregues prontos, sendo atemporais, trazendo
efeitos não só para aqueles do tempo da visitação, mas também para as
posteriores gerações, classificadas como bem-aventuradas por assimilarem o
mesmo credo e conjuntura da Igreja Primitiva. Obviamente, nem todos os
movimentos ditos cristãos incorporaram a ideia, antes rumaram por outros mares,
modificando o curso de suas naus e ingressaram pelo obscurantismo, revelando
assim a desvalorização à simplicidade escriturística e criando uma nova
estrutura temporal de religiosidade.
Porém, os frutos da
convicção da Igreja de Cristo não são revelados pelo denominacionalismo
religioso. Fazem parte da entrega diária dos símplices aos ensinamentos do
jovem galileu cujo trajeto histórico o fez navegar por muitas praias e mares em
busca daqueles que estariam dispostos a cumprir cabalmente seus ensinamentos. O
misto de águas salgados e doces nunca estiveram nos seus planos. Ele prefere o
sal, basicamente, para a conservação dos valores, pois os conserva como são
(Malaquias 3:6), para perseverar na conservação de seus postulados e para purificar
as chagas abertas já que é puro e cristalino. Esse direcionamento não afeta negativamente
nem afastam o fiel do rumo certo, purificam e capacitam pela graça para serem ainda
mais fiéis em tudo.
Portanto, convictos e
certos do ensino escrito, praticando-os em verdade, cumprimos as pretensões de Cristo
(João 15:8). Assim, o cristão é reconhecido pelo seu “eu” interior e exterior.
Transmite uma visão clara do ser diferente para aqueles que o rodeiam porque
sabe em quem tem crido. É gracioso em sua fala e em seu comportamento e não se
molda às modas mundanas nem aos seus trejeitos. É completamente diferente, pois
é sal e luz.
Hoje muitos se
autodenominam cristãos, mas são tão parecidos com o mundo que não há
possibilidades de vermos diferenças nem convicções. Suas vestes, sua fala, seus
anseios estão tão adequados ao projeto do mundanismo que mal percebem que sua
fala de identificação com o cristianismo é uma grande contradição. Para
finalizar, uma premissa bem simples: para ser cristão faz-se necessário a convicção
no estrito no preceito bíblico que ultrapassa os valores do mundo e da vida, também
das novas manias de um cristianismo defeituoso, para que através da plena
convicção os frutos autênticos sejam demonstrados através da vida de piedade e de
devoção ao Deus Altíssimo.
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