O cristão deverá sempre está vigilante para todos seus
atos, principalmente, para os públicos. Para tanto, precisamos exercitar
algumas virtudes espirituais como a sensibilidade, a percepção e o entendimento
a fim de sabermos como proceder. Entenda-se como sensibilidade a percepção do
toque divino para um aprofundamento espiritual de nossa carreira e não um
sentimento emotivo. Fazem-se necessários quando manifestamos nossas convicções,
pois refletirão ou não a presença de Deus em nós.
No contexto atual, a música
cristã está chamando grande atenção do público em decorrência das muitas inovações
pelas quais reprocessaram seu formato tradicional. Devemos entender,
entretanto, que a música é algo maravilhoso e criado por Deus (Jó 38:4-7),
portanto tem algumas exigências e não poderiam sair do prumo original. Quando o
cristão se consagra piedosamente ao canto (isto não se refere à claustro, mas é
prática cotidiana), deverá elevar um canto inspirado dentro do paradigma
idealizado pelo Criador. Toda manifestação musical que foge a este princípio,
creio, não é recepcionado. O Senhor criou a música para exaltar a si e nenhum
outro. Na criação, recebia a glória pelos feitos manifestos dos astros celestes
e dos anjos com observada constância, de modo que qualquer alteração macula os
feitos, transformando o sagrado em profano.
Tubal, em Gênesis 4:21, foi o
primeiro a ousar depreciar esta dádiva divina criando instrumentos e,
consequentemente, tocando e emitindo sons musicais para seu próprio deleite.
Nas sociedades antigas, a prática assumiu contornos ainda mais desviados: na
Mesopotâmia utilizavam-na para cultos a falsos deuses; no Egito, para entrar em
transe e êxtase, além de terem criado as primeiras composições de teor profano;
na Grécia, estimulava a sensualidade e todas as formas de prazer sexual ao
fazerem uso da mesma para entronizarem o deus Dionísio (posteriormente chamado
de baco, palavra que originou o termo “bacanal”); em Roma, era usada para o
culto à personalidade, à virtuosidade e à vaidade devido às grandes conquistas.
Ou seja, a música passou por uma série de processos que a misturam com muitas
ações pecaminosas do homem, tornando o sentido musical primeiro algo muito
distante.
Mas, a música tem um objetivo
concreto: ser oferecida como aroma suave a Deus. Todos os homens deveriam
invocar a Deus e cantar ao seu louvor, visto ser Deus o único que pode exigir o
ato de adoração para si. A Igreja, por exemplo, serve a Deus através de muitas
manifestações e ações, sendo uma delas a entoação musical com reverência e
pudor. Na música, podemos assumir uma face da adoração, já que podemos adorar a
Deus sem música. Com a música, nosso ser é despertado, elevado e consegue
atingir uma comunhão maior com nosso Deus, principalmente, ao sentirmos a
harmonia entre a santidade divina com o canto reverente. Não podemos apresentar
a Ele qualquer letra com uma melodia de acompanhamento. É necessária
consagração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário