Quando estava na universidade eu tinha uma noção
vaga e difusa de que, se eu fizesse alguma coisa boa porque isso me deixaria
feliz, eu estragaria o que havia de bom nela.
Descobri que o que havia de bom nas minhas ações
morais era diminuído à medida que eu era motivado pelo desejo do meu próprio
prazer. Naquela época, comprar sorvete na cantina dos estudantes apenas por
prazer não me incomodava, porque as consequências morais dessa ação pareciam
ser tão insignificantes. Mas ser motivado pelo anseio por felicidade ou prazer
quando me apresentava como voluntário para o trabalho cristão ou quando ia ao
culto —isso me parecia egoísta, utilitário, mercenário.
Isso era um problema para mim, porque não
conseguia formular um motivo alternativo que funcionasse. Encontrei em mim um
anseio imenso de ser feliz, um impulso tremendamente poderoso para buscar o
prazer, mas a cada momento de tomar uma decisão moral eu dizia a mim mesmo que
esse impulso não devia influenciar-me.
Uma das áreas de maior frustração era a de
adoração e louvor. Minha noção vaga de que, quanto mais elevada fosse a
atividade, menos deveria haver de interesse próprio nela, fazia-me pensar no
louvor quase exclusivamente em termos de dever. E isso tira a essência da
coisa.
Então fui convertido ao prazer cristão. Em
questão de semanas vim a compreender que é antibíblico e arrogante tentar
adorar a Deus por qualquer outra razão que não o prazer de estar nele. (Não
passe por cima dessa última palavra: NELE. Não em seus dons, mas nele. Não em
nós mesmos, mas nele.) Permita-me descrever a série de constatações que me
levaram a buscar o prazer cristão. Ao longo do caminho espero que fique claro o
que quero dizer com essa frase tão estranha.
Mais um livro excelente de John Piper publicado
pela Editora Vida Nova. Uma leitura envolvente que não deixará de cumprir seu
papel de edificação espiritual. Um livro como este não pode faltar na estante
de quem deseja vivenciar o prazer de servir a Deus em plenitude. Adquira já!
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