Há uma
inevitável necessidade de refletirmos, em nossos dias, a simplicidade cristã.
Essa reflexão implica em indagar e questionar a maneira pela qual muitos chegaram
a desvalorizar uma virtude tão característica do verdadeiro cristianismo como é
a simplicidade. Não podemos negar, mas a cristandade em geral, atualmente, vem
atravessando um momento de esgotamento e abandono de um conjunto de convicções
que no passado tanto se falava e prezava. Essas preocupações trazem consigo o
desejo de reavaliarmos nosso passado e aplicarmos o mesmo princípio de fé e de
vida que habitava em nossos antecessores na fé.
A
mocidade de Moriá não deve esquecer de que a simplicidade é um marco distintivo
de nossa identidade como cristãos. Ser simples é, em uma linguagem simples,
reduzir tudo (desejos, ações, motivações etc.) ao que é essencial para
realizarmos a vontade de Deus. Jesus disse aos seus discípulos para serem
simples como as pombas. Pergunta-se
hoje, mas “simples em qual aspecto” e “em quais situações”?
A
verdadeira simplicidade não está inserida em apenas um aspecto ou momentos, mas
é uma realidade de vida que reduz a complexidade imposta pelo mundo aos homens
para o que é essencial, ou seja, o autêntico e o transparente. Por outras
palavras, é ser simples na vida, no vestuário, na conduta, e por sua vez
autêntico e transparente com todos, prudente no falar e no se comunicar. É
praticar a simplicidade nos atos e gestos de maneira verbal e não verbal. Por
todas essas formas, o amor mostra seus aspectos de maneira prática. Se amamos
um Deus que é simples e que nada o tem a comparar, seremos por sua vez,
moldados à simplicidade que ele deseja, bastando nos colocar no centro da sua
vontade, no cumprimento de sua palavra e no desejo ardente da plena paz e
alegria em todos os santos que foram resgatados pelo Senhor. É preciso,
portanto, não querer fazer parte dos números, da maioria e do consenso do
momento. O verdadeiro cristão simples tem o espírito de resistência. Resiste ao
mundo, ao pecado e ao diabo. Não se molda, nem se deixa conformar. Tais
atitudes revelam nossa identidade e corresponde com a real atitude espiritual
que todo cristão deveria tomar. Que a nossa juventude lembre de onde viemos,
quem somos e o que Deus quer que sejamos.
No amor
de Deus,
Heberth Ventura
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