Você
sabia que a renovação carismática católica foi criada para atrair evangélicos
pentecostais para o seio do catolicismo romano?
Você
sabia que na década de 60 o clero católico enviou espiões para cultos
evangélicos pentecostais a fim de entenderem suas práticas e assim criar um
movimento similar dentro do catolicismo?
A
grande investida católica estava sendo a busca pelo ecumenismo, através do qual
propunha a quebra das barreiras doutrinárias evangélicas para um diálogo de
integração para em seguida lhes colocarem submissas e “amigas”. Até hoje, o
catolicismo tem tentado muitas igrejas ao enlace ecumênico. Infelizmente, tem
alcançado êxito entre algumas. Num passado recente, ouvi de pastores que
beijavam a mão do papa em sinal de submissão. Igrejas históricas como as dos
valdenses e dos metodistas na Itália abraçaram a ideia e caíram no leito da
prostituta das nações.
Por essas
razões, aprecio as intenções e o trabalho do ex-padre Aníbal Pereira dos Reis
que bravamente abdicou da batina, convertendo-se ao autêntico cristianismo numa
igreja Batista e escreveu contra seus dogmas. Seu trabalho foi de desmascarar
as más intenções católicas com seus laços e engodos, de modo que suas obras
versaram também sobre o assunto ecumenismo. Segue abaixo parte de um desses para
demonstrar a percepção e as informações que tinha o referido autor:
João
Paulo II, repito pela milésima vez, é o sumo pontífice que o romanismo atual
precisava. Veio na hora exata. Sua exuberante atuação e firmada no programa
consciente de capitalizar o máximo em todos os espaços (políticos, sociais,
financeiros e religiosos). Usufrutuário de prestígio multissecular do cargo de
soberano pontífice da mais rica e poderosa religião do mundo, em benefício dela
própria, João Paulo II se empenha ao extremo. Sua próxima viagem à Inglaterra,
prevista para Agosto deste ano de 1982, visa a respaldar as últimas decisões
dos encontros ecumênicos do clero das duas seitas: a vaticana e a anglicana.
Com certeza o seu pontificado se assinalara na história do romanismo pela
consumação do regresso dos anglicanos e parte dos luteranos ao seio da “santa
madre”. Dado o seu desenvolvimento no meio das massas populares o
pentecostalismo chamou a atenção da hierarquia vaticanista. Se a manobra do “dialogo”
ecumenistizante vem dando certo com os anglicanos, luteranos e ortodoxos, pelo
menos de início era inviável e improdutiva com os pentecostalistas.
Distinguem-se estes pelo exercício dos “dons espirituais” ou “carismáticos”
incentivados na exaltação das emoções. Destarte a hierarquia resolveu penetrar
nas áreas pentecostalistas valendo-se de suas próprias práticas. Práticas
estas, outrossim, próprias da atuação do clero romanista no decurso de sua
existência.
A
perspicácia clerical verificou com acerco ser a nação norte americana o lugar
mais conveniente para o início de sua atual investida carismática... Começa por
aí: para cada empreendimento específico tem o indivíduo específico preparado.
Nesta empresa o indivíduo talhado foi o sacerdote jesuíta Edward O’Connor, da
Universidade Católica de Notre Dame. Mentor espiritual de Steve Clark e Ralph
Martin Keiter, considerando-os adequados instrumentos na sua investida,
resolveu usá-los na explosão carismática vaticana tendente a ecumenistizar os
pentecostalistas. Colocou-lhes nas mãos, em princípios de 1966, os dois livros:
A CRUZ E O PUNHAL, de David Wilkerson, e ELES FALARAM EM OUTRAS LÍNGUAS, de
John Sherril. Lendo-os, segundo as previsões de O’Connor, assimilaram sua
orientação e passaram a freqüentar “reuniões de poder” dos pentecostalistas.
Clark e Keifer, dois leigos católicos engajados nos Cursilhos de Cristandade, o
movimento desencadeado pelo clero após o Concilio Vaticano II com o propósito
de dinamizar as práticas religiosas entre os fiéis católicos em função do
ecumenismo. Comprovaram ambos a sua acertada escolha pelo jesuíta O’Connor pois
sentiam as mesmas experiências pentecostalistas influenciados que eram por
aquelas “reuniões de poder”. O seu preparo excedeu as mais otimistas
expectativas de seu mentor espiritual. Devidamente preparados, portanto,
compareceram Keifere Clark, no Outono de 1966, à Convenção Nacional dos
Cursilhos de Cristandade, celebrada em dependências da Universidade Católica
Duquesne do Espírito Santo, na cidade de Pittsburg, Pennsylvania. Se os
relatórios das atividades ecumenistas revelavam progresso em certos meios
protestantes, em geral, também demonstravam o fracasso delas nos círculos
pentecostalistas. Steve Clark e Ralph Keifer tiveram então a oportunidade de
dar seu testemunho de atuação positiva nesses ambientes até então refratários
ao “diálogo” ecumenista. Falaram sobre aqueles dois livros pentecostalistas e
espalharam exemplares deles a muitos companheiros cursilhistas. À terminada
Convenção dos Cursilhos sucedeu um espontâneo (?) encontro de pessoas
despertadas pela palavra de Clark e Keifer e interessadas nas novas
experiências. O ambiente daquela colina batida por constante brisa forte do
Outono facilitou o cenário do pentecostal “vento impetuoso”. As reuniões, por
seu turno, criaram o clima psicológico favorável à ocorrência do chamado
batismo no Espírito Santo dos moldes pentecostalistas. Com efeito, as
manifestações carismáticas não se fizeram retardar. E no ambiente de extrema
excitação nervosa predominaram as línguas “estranhas”. Deu-se o início do novo
surto pentecostalista nos horizontes romanistas. (1)
Que
Deus nos guarde daquela que desviou o Cristianismo do seu sentido primeiro!
(1) Reis,
Anibal Pereira dos. Católicos carismáticos e pentecostais católicos. São Paulo:
Edições Caminho de Damasco, 1992, 2ª. Edição.
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