No início da Igreja,
cantávamos corinhos e hinos muito simples. Geralmente com três notas musicais e
no máximo cinco. Não estávamos preocupados com a técnica ou com o talento para
refinar as maneiras como eram tocadas. Apenas queríamos cantar, louvar e adorar
em conformidade com a singeleza das Escrituras, expressando um santo intento encontrado
lá no intimo do nosso ser. Não quero com isso menosprezar o talento de quem
sabe fazer bom uso dos instrumentos, não. Apenas quero mostrar uma maior
devoção pelo canto individual independente dos seus acessórios. Os sons das
vozes parecem mais retumbantes, transmitem mais e são mais contagiantes.
Lembro-me de vezes
em que o jovem Glauco escrevia as letras dos corinhos em cartolinas a fim de
aprendermos corinhos novos. Foi assim com:
Celebrai com júbilo
ao Senhor, todos os moradores da terra... (Salmo 100)
Tu És o rei da
glória, tu és o príncipe da paz...
Tributai ao Senhor
glória, força e honra...
Senhor Deus está no
meio de ti, oh oh oh... (um dos que mais aprecio)
Reunimo-nos aqui
para glorificar o rei Jesus...
Aviva-nos Senhor,
aviva-nos Senhor, aviva-nos Senhor, Jeová (mesmo como novos convertidos já cativávamos
o sentido de avivamento espiritual constante)
Eram assim os cultos
durante a semana. Nos cultos de doutrina e evangelísticos usávamos violão e
pandeirola. Com uma caixa muito simples, ligávamos o violão (não era elétrico)
nela com um catalizador cujo magnetismo capturava o som das cordas de aço para
serem reproduzidos no som dos autofalantes. Nossos dedos, ao final do culto,
estavam geralmente doloridos devido à pressão feita naquelas cordas, e sem o
costume habitual o resultado era esse. Eram dias maravilhosos, por mais simples
que parecessem não trocaria aqueles dias por outros quaisquer.
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