Concluindo essa série de memórias, pelo menos
temporariamente, não poderia deixar de falar sobre o maior evento que era
promovido pela nossa Igreja no seu início: o congresso de mocidade.
Lembro-me que o primeiro congresso foi realizado na
Gonçalves Ledo, no local alugado em frente à casa de meus pais. Foi ali que
Deus salvou também muitas pessoas e trouxe para o convívio da Igreja muitos
irmãos que cativamos na memória, tais como o Régis, a família Pereira(família
do irmão Cleiton), o Beethoven, o Marcinho, a Rosângela, a Fran e outros.
Mas retornando para o congresso...
Na época, o Assis (presi) continuava à frente da mocidade,
sendo ajudado pelo George (vice). Eles organizaram o congresso cujo tema foi:
“Purificai-vos os que levais os vasos do Senhor” (Is 52:11). Esse evento teve
seu início numa sexta à noite, continuando durante o sábado inteiro e no
domingo também (não disponho neste momento da data). Destacaria apenas alguns
pregadores que fizeram uso da Palavra neste evento: Josberto (Vale de Bênçãos),
Salim e pr. Antônio dos Santos. A pregação do Josberto foi bem jovial,
atingindo-nos com uma boa palavra, mas houve uma profecia para uma irmã de
nossa Igreja que foi questionada por ela em razão de não está contextualizada
com sua vida. A irmã Fátima Batista o questionou de maneira sábia e prudente a
fim de tirar suas dúvidas, demonstrando na circunstância nosso caráter sério
diante das dádivas divinas; O Salim foi o pregador do sábado à noite e devido a
alguns alertas ficamos de sobreaviso, pois disseram ao Assis que ele “furava”
em seus compromissos. Eu e o Assis pegamos um carro (do George) e por volta das
17h estávamos batendo na porta da casa dele temendo o pior, ou seja, de ele “furar”
conosco. Se eu disser que ao chegarmos lá não o encontramos, você acreditaria?
Pois foi o que aconteceu. Ficamos muito apreensivos, mas dentro de alguns
minutos o avistamos retornando para casa. Ele falou que tinha ido ligar de um
telefone público para o Assis para informar que não iria pregar à noite. Que
surpresa, hein!? O fato é que quando nos viu, sentiu-se constrangido e acabou
vindo conosco para pregar. Não posso dizer que foi um culto simplório. A
eloquência da sua pregação contagiou bastante os jovens que ali se congregavam
de muitas Igrejas evangélicas. A Maninha tinha vindo do interior para o evento
e em contato com as meninas do Serviluz trouxeram um bom grupo de lá. A AD do
Jardim Petrópolis, igreja onde o pastor Paixão presidia, também compareceu com
um ônibus, trazendo muitos jovens. Foi tanta gente no sábado que houve espanto na
vizinhança. Sem dúvida alguma, a melhor pregação daquele congresso foi a do
pastor Antônio dos Santos, pastor da AD em Jardim Iracema, onde se congregava
nossa irmã Eliete (santinha) que depois passou para nossa Igreja. Ele falou
sobre a restauração do homem caído com grande maestria. Aliás, o pastor Antônio
dos Santos sempre foi benquisto no meio evangélico e passou a ser muito
admirado e amado por nós jovens.
Neste evento, aprendemos e cantamos um dos hinos que seria
um dos mais requisitados da nossa Igreja nos retiros e nos cultos de doutrina:
“Desperta Igreja”. Esse hino era de autoria do cantor Cláudio (não me recordo o
sobrenome) e foi cantado nas noites promovendo um despertamento entre os
jovens. Depois do evento, quem mais cantava esse hino nos cultos e retiros era
o Assis a pedido do Marcos Pinheiro e do pastor Glauco.
No final, choramos juntos pela realização primorosa do
evento. A meu ver, dentre os quatros congressos de mocidade realizados pelos
jovens de nossa Igreja, um organizado pelo Assis e três por mim em companhia
do Henrique, Joãozinho e Beethoven, o primeiro congresso foi o melhor de todos.
Abraço a todos os leitores que acompanharam parte das minhas
memórias sobre nossa Igreja e esperamos, quem sabe, em breve poder reunir
maiores informações para transmitir para vocês.
Pr. Heládio Santos
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