Local do primeiro culto de Moriá |
Em 1988, um rapaz
tímido e caseiro começou a descobrir um mundo outrora desconhecido: um mundo
rebelde e irreverente. Apresentaram-no ao som de “geração coca-cola”, uma
música de uma banda de Brasília, através da qual se engajou num grupo com
alguns colegas de bairro os quais se tornariam mais tarde responsáveis por sua
conversão. De muitos colegas restaram quatro que se encontravam semanalmente e
eram fiéis aos seus gostos musicais e juvenis.
Aquele foi um ano
memorável. O rapaz começou a ouvir e a entender as letras de bandas pop-rock,
principalmente, a Legião Urbana. Gostava também de Titãs, Paralamas do sucesso,
Ira, Zero e Cazuza. A febre juvenil causada pelo veneno musical o despertou
para amores concretos e não mais platônicos. Nas baladas, acostumou-se a
namorar desconhecidas, ficando com uma e com outra na mesma noite. Não tinha
amor certo, apesar de querê-lo muito. Encantado com o véu que lhe cegava,
dedicava-se à dança, extravasando até suas últimas forças nos “agitos jovens”
de finais de semana. A noite começava e terminava e não o via parar com o
inquietante movimento de corpo ao som ensurdecedor das grandes caixas acústicas.
Shows no ginásio Paulo Sarasate? Não perdia um. Muito embora não tivesse
interesse e apreço por algumas bandas que lá tocavam ia devido à juventude
presente. Queria ver, mas não ser visto, vivenciar, conhecer, ficar amigo,
transmitir algum sentimento provocado pela “alvorada voraz”... É importante
mencionar que todos do grupo respiravam e transpiravam aquela emoção que os fazia
dizer mais ou menos assim: “Às vezes parecia que de tanto acreditar em tudo que
achávamos tão certo. Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais,
faríamos floresta do deserto e diamantes
de pedaços de vidro”. Que grupo! (suspiro)
Contudo, o quarteto
dos solitários buscava algo. Eram quatro que restaram, depois só três. Enquanto
eram, viviam intensamente o tempo juvenil, encontrando-se sempre durante a
semana para conversar sobre assuntos relacionados com o ser jovem. Noites
estimulantes para as baladas de fins de semana. Ouviam juntos “Legião”,
expressavam seus anseios, sonhos, ambições... Havia integração, não havia
brigas ou discórdias, somente um sentimento de “ganhar a vida”, sentimento um
tanto quanto solidário. Eram como iguais, apesar de conhecerem-se diferentes.
Algo os uniu, fazendo com que essa união durasse o suficiente para um
redirecionamento de vidas logo a seguir.
Tudo ia muito bem, até
quando outro jovem, um ex-surfista sem parafinas no cabelo, encontrou parte
desse grupo numa daquelas noites (o mais insignificante dos jovens do quarteto
não estava presente e até hoje não se sabe aonde se encontrava, pois sempre
“batia o ponto” naquele ambiente da rua por aqueles tempos). Eles ouviram uma
mensagem diferente, revigorante e inspirada pela vida abundante de Deus.
Ouviram e atentaram, como poucos, para a mensagem da cruz, do perdão de pecados
e da salvação. Um convite inesperado foi proferido pelo jovem “intrometido”:
estava programado um culto na Rua Joaquim Torres, 935, Joaquim Távora, e o
jovem pregador queria vê-los na reunião. Além da “geração coca-cola”, foram
outros ouvintes para aquele culto o qual pareceu exercer forte influência sobre
eles. Uns se converteram, outros ficaram impactados e outros nada sentiram, porquanto
aqueles que se converteram perceberam e disseram: “Eu sei é tudo sem sentido”,
referindo-se a efemeridade da vida. Ali começava um mover de Deus através das
vidas de jovens rebeldes na paróquia da Piedade cujas vidas passaria por uma
profunda transformação pelo Evangelho.
Neste momento, parte
da “geração coca-cola” se rendeu a Cristo, tornando-se “Geração eleita e
sacerdócio real”, enquanto os outros continuaram uma vida sem Cristo. Os
convertidos foram discipulados pelo jovem pregador. Vinha ele trabalhar naquela
localidade em razão de seu chamado. Deus o havia inspirado a sair de sua terra
para ir a outra mostrada pelo Deus da glória. Nesta “nova terra”, semeou o
Evangelho e logo fez sua primeira colheita. Os primeiros frutos foram “jóias
brutas” cujos talentos necessitavam ser lapidados. De modo que aceitaram e
confiaram suas vidas à instrução daquele jovem homem que dedicou muito de sua
preocupação àqueles que considerou como filhos (sentimentos de saudades deste
tempo, apesar de não ter participado deste momento).
Desta forma, a
primeira “geração coca-cola” findou-se, começando, assim, Moriá...
O ex-surfista é o pastor Glauco, e os da geração coca-cola, quem são??
ResponderExcluirLembro dessa casa. Mas quando eu fui tinha um letreiro com o nome da igreja Moriá. Perguntei uma moça (Depois descobri que era a Glívia,irmã do Pastor Glauco): Por que Moriá? Ela me explicou que era por causa do nome do Monte onde Abraão foi testado por Deus para que supostamente tivesse de sacrificar seu filho Isaque.
ResponderExcluirQuem me levou foi a irmã Maninha para um estudo bíblico sobre o batismo no Espírito Santo, que eu já me desesperava para receber