Por qual razão Deus
se deixou ofender pela prática de pecados humanos, mas não desistiu de sua
maior criação? Por que Deus tolera ainda o gênero humano diante de tantos atos
pecaminosos cometidos, alguns em ignorância outros em plena consciência? Na
pior das hipóteses, não seria mais fácil Deus eliminar por completo o homem e
reinventar seu atributo criador? Para muita gente, esses questionamentos fazem
parte do contexto de dúvidas que impera diante de tanta desobediência,
entretanto, uma simples resposta demonstra o grande interesse divino: o perdão.
Deus perdoa qualquer
pecador nos seus delitos (menos aquele contra o Espírito), independentemente
dos efeitos negativos do mal praticado. Muito embora possam ter consequências,
mesmo assim, a graça de Deus favorece o coração que reconhece suas atitudes de
pecador e anseia por se vê em novidade de vida. Esse perdão, no entanto, não se
limita ao momento de conversão, extrapola enquanto necessitarmos do amparo da
dádiva divina, pois sem perdão não poderíamos subsistir enquanto cristão. Ao
pensar a necessidade deste favor imerecido, vemos o perdão não só como uma
purificação do mal, mas também como uma proposta de Deus para um recomeçar,
apesar de uma das lições fundamentais da fé ser o triunfo constante sobre o
pecado. Pesa, entretanto, em muitos cristãos a falta de conhecimento sobre a
liberdade alcançada em Cristo que nos move contra o padecimento da maléfica
situação decaída.
Quem nutre constante
anseio para usufruir tão nobre sentimento divino está se moldando na
compreensão das necessidades do outro também. Há quem julgue o próximo fora da
medida devida, impondo a ele um julgamento prejudicial tanto para sua vida
comunitária como para sua vida espiritual. Lembremo-nos, então, do perdão que
tudo apaga e lança no mar do esquecimento os maus feitos, provindo de Deus para
nossa edificação.
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