Ao propor a parábola
da videira Jesus nos falou sobre a permanência na fé do cristão. “Nisto é
glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (João
15:8), é uma das expressões sobre a temática. Por mais simples que pareça seu
conteúdo é de muita profundidade. Há uma condição explícita no texto no qual o
Cristo enfatizou que para ser seu discípulo era necessária a produção de frutos
permanentes e duradouros. Portanto, para ser seu discípulo o cristão deverá,
continuamente, praticar obras que expressem sua fé, pois do contrário a fé sem
obras é morta, ou seja, demonstra a ausência da dádiva divina e
consequentemente da salvação (Tiago 2:17-24).
A perseverança dos santos
é a doutrina bíblica cujo ensino apresenta justamente a permanência e a continuidade
do crente na carreira cristã, seguindo os ensinamentos do Mestre em fidelidade
e separado do mundanismo até o final de sua vida terrena. Ao contrário do que
muitos acreditam o cristão não usufrui de uma dádiva em favor do seu pecado,
mas contra ele. Há quem diga que pelo fato de o crente ser alguém eleito
segundo o propósito divino poderá pecar e cumprir com os anseios carnais sem se
preocupar, pois já está salvo. Ora, é muito estranho você admitir que uma
pessoa foi salva, regenerado do seu pecado, e mesmo assim dizer que Deus não
leva em conta os pecados voluntários cometidos por ela, enquanto cristão que
diz ser, quando a Bíblia assevera proceder santificado. Porém alguém objeta: “e
o crente não peca?”. Se dissermos que não peca, seguimos também contra o
preceito (I João 1:8). O que propomos aqui é o seguinte: todo o cristão deveria
ter a convicção de que ele foi conquistado para Cristo para viver a novidade de
vida, porquanto foi por ele conquistado (II Coríntios 5:17).
A novidade de vida é
uma alteração das condutas pecaminosas da vida secular para o comportamento
cristão, norteado exclusivamente pelos pilares delineados nas Escrituras. Tendo
entendido estes valores, nunca poderemos desistir da caminhada, pois existem
elementos primordiais que nos ajudam e amparam em nossa lida (o Espírito de
Deus em nós, a intercessão do Filho por nós, a graça fluente, a apropriação da
realidade espiritual). Portanto, revestir-se de todas as dádivas provenientes dos
céus trará a certeza de que estamos no caminho certo, guardando a fé até nos
encontrarmos com Ele.
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