O Jornal Tocha da Verdade é uma publicação independente que tem como objetivo resgatar os princípios cristãos em toda sua plenitude. Com artigos escritos por pastores, professores de algumas áreas do saber e por estudiosos da teologia buscamos despertar a comunidade cristã-evangélica para a pureza das Escrituras. Incentivamos a prática e a ética cristã em vistas do aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como noiva imaculada. Prezamos pela simplicidade do Evangelho e pelo não conformismo com a mundanização e a secularização do Cristianismo pós-moderno em fase de decadência espiritual.

sábado, 24 de outubro de 2020

O bode, as ovelhas e o caju azedo

 



Na castigada região sertaneja, havia um cajueiro que se sobressaía em meio à devastação campestre. Frondoso, robusto e até ousado resistiu às intempéries e danos causados pelo monstro da seca, enquanto a relva e tantas outras árvores sucumbiram ante o poder agressivo do tempo de escassez. Mesmo contra as expectativas, o “pé” de caju continuava firme e resiliente, também solitário, mas solícito. Continuava a produzir seus frutos, sustentar suas folhas e proporcionar sombra para os caminhantes enfadados pelo árduo calor da insolação. Lamentavelmente, não era muito apreciado pelos homens porque seu fruto era extremamente azedo, abrindo maior oportunidade para os animais à procura de pastagem e alimento durante a severa seca.

Por sinal, um bode e algumas ovelhas eram os únicos que se achegavam para comer daquela fruta e descansar à sombra de sua folhagem. Por alguma razão a ser dita, sempre que o bode se servia dos suculentos frutos emitia um berro estrondoso e assustador. Tamanha era sua intensidade que afastava as ovelhas e chamava à atenção quem passava pelos arredores, deixando-os apavorados e fazendo-os pensar que alguém estaria maltratando o animal. Sua forte insatisfação ecoava longe e até onde podia ser ouvida. Trazia um espanto afugentador entre todos, diga-se com grande propriedade, em virtude da mentalidade mística do agreste que indicava algum presságio avassalador. O rebanho também se afastava e não podia estar com aquele bicho murmurante e irreconciliável porque era avesso à sua tendência e índole. Com a repetição e a observação da ocorrência, percebeu-se que aquele berro se tratava tão somente de uma reclamação do animal. Reclamava com veia injuriosa do azedume do fruto que o estava salvando a vida, desprezando, de certa forma, a benfeitoria e a provisão.

As ovelhas, sabiamente, não se deixavam contaminar pelos alardes repugnantes do bode. Distanciavam-se e aguardavam chegar o cansaço no bicho bruto. Eram pacientes em ouvir aquele “praguejar”, mas não se deixavam dissuadir do propósito à frente. Quando, enfim, o bicho saía, as ovelhas achegavam-se à sombra do seu provedor. Comiam à mercê do vento abafado sem esboçar qualquer insatisfação. Muitas vezes aproveitavam os frutos caídos, outrora desprezados pelo rude murmurador, para lhes dar significado e importância, alimentando-se para o próprio benefício e ficando capacitadas para encarar novos percalços. Parecia que as ovelhas sabiam como aproveitar melhor o fruto, muito embora aquele azedo desencorajasse. O ritual da coleta era deslumbrante. À semelhança da curvatura que se faz no ato de reverência, baixavam-se e erguiam-se num impulso para tomar dos braços estendidos do cajueiro sua dádiva mais preciosa. Com o fruto na boca, mastigavam lentamente. Demoravam minutos em um só fruto azedo, mas nada desperdiçavam. Imagino que o líquido azedo do fruto misturado com a salivação era por essa atenuado, sendo absorvido e convertido em algo “doce”. Em seguida, a massa frutífera era ingerida de forma mais prazerosa para apaziguar o drama do estomago. Ambos supriram a necessidade de suster com eficácia aqueles animais durante os dias em que ali se serviram. Como disse, talvez porque soubessem como comê-lo na referida circunstância. Outrossim, a própria natureza se encarregou de criar a harmonia para se auto preservar.

Essa narrativa foi adaptada a um conto que ouvi do Chico, morador do “Até que fim”. Podemos extrair diversas lições nesta alegoria para tornar nossa caminhada cristã mais interessante, equilibrada e coerente.

Que o Senhor nos abençoe!

 

Pr. Heládio Santos     

terça-feira, 20 de outubro de 2020

A manutenção da paz na prática da reconciliação

 


Viver em uma comunidade de crentes requer de modo prático ações sábias de empatia e de amor. Uma comunidade local reúne pessoas heterogêneas, logo é necessária uma aprendizagem sadia do viver juntos, mas isso muitas vezes não é fácil. Como pecadores agraciados pelo favor divino, ainda somos sujeitos a cometer erros e ofensas uns para com os outros. Juntos, estamos em uma jornada na qual os erros e incompatibilidades, às vezes, são inevitáveis.

Quando estudamos um pouco as comunidades cristãs dos primeiros séculos do cristianismo, nós as vemos se reunindo constantemente em cultos semanais, onde oravam, realizavam a Ceia do Senhor, celebravam a unidade em Jesus Cristo e pediam perdão pelos seus pecados quando ofendiam ou feriam uns aos outros.

Um dos chamados pais da igreja, Cipriano chamava a prática de pedir perdão por uma ofensa como “manutenção da paz”. De acordo com Alan Kreider em seu livro “O paciente fermento da igreja primitiva”, página 208, escreveu:

“Citando a sétima Bem-aventurança de Jesus, Cipriano observou que os filhos de Deus são por definição ‘fazedores da paz’”.

E também são

“gentis de coração, sinceros no falar, harmoniosos de sentimento, sinceramente afeiçoados um ao outro pelo vínculo de uma mente comum.”

Essa descrição de Cipriano me comove profundamente. Sua observação atesta para ações que enobrecem o caráter cristão e o diferencia das ações comuns entre os não crentes. Mas embora isso seja excelente, na realidade, conflitos e querelas podem prejudicar o viver em comunidade trazendo consequências ruins.

Abaixo cito o que Cipriano falou em relação a isso:

“Deus não aceita sacrifício de alguém que está em litígio”

“Deus o faz voltar ao altar, ordenando-lhe primeiro que se reconcilie com o irmão, para que ele possa satisfazer a Deus orando como um pacificador” (Cyprian, Dom. Or, 23 – Stewart-Sykes, Lord’s Prayer, 83).

Um outro que trovejou em prol da unidade e paz foi Tertuliano, que estava certo de que Deus não ouviria as orações de Cristãos irados cujas relações com os outros estavam rompidas. Tanto Tertuliano como Cipriano são exemplos de promotores da paz e da reconciliação que devem ser reconsiderados ou levados em questão. Mas acima de tudo, lembremos das palavras de Jesus e de Paulo

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5.23,24)

“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Colossenses 3.13)

No amor e na paz do Espírito,

Heberth Ventura

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Conferência de missões 2020

A Comissão Executiva de Missões (CEM) promoveu encontro para reforçar o ensinamento da missão evangelística da Igreja. Testemunhos, histórias de grandes homens da comunidade e pregação foram o diferencial do evento. Muito embora tenham revelado poucas ocorrências e de forma limitada (um relatório sucinto, mas empolgante), falaram profundamente aos ouvintes que se desprenderam para enxergar o que não fora dito quanto ao trabalho nos diversos pontos aonde tem chegado a mensagem do Evangelho e de Moriá.

Além dos membros da CEM à frente da programação, contribuíram substancialmente com a mesma os seguintes irmãos: evangelista Maurício, Pastor Edilardo Messias, irmão Ferreira (futuro pastor de Russas-CE) e o pastor Glauco Filho. No louvor, o grupo de irmãos organizados pelo irmão Fabiano Santiago, novamente, conseguiu elevar a Igreja para adorar a Deus mui fervorosamente.

Ao final, a ênfase evangelística girou sempre em torno das máximas bíblicas sobre o assunto, conseguindo, a partir da fala de um dos grandes missionários contemporâneos, explicitar a essência da missão da Igreja: “A grande comissão não é uma opção a ser considerada, é um mandamento a ser obedecido” (Hudson Taylor).      


Distrações

 


“Tudo depende de quão bem você ouve o que Deus está dizendo – o que comumente chamamos de palavra de Deus. E ouvir bem a Deus exige muita atenção. Você está prestando atenção?”

- Abstraídos Com o Serviço a Deus

Uma das “armas” da artilharia infernal mais empregada para reduzir ou anular a comunhão e o interesse de estar com Deus são os jogos (virtuais ou não). Se não formos disciplinados, o requerido, o lugar de Deus, será substituível. Há uma variedade de Jogos que utilizam de armas (para ferir ou matar), entre eles: Free Fire e Call of Duty. Essa criação virtual carrega conteúdo violento, o que, normalmente não é tido como lícito para um cristão cooperar, tampouco praticar.

Provérbios 3:31 diz : “Não tenhas inveja de quem é violento, NEM ADOTE OS SEUS PROCEDIMENTOS” (grifo do autor). A bíblia também fala em Gálatas 5:21: “Inveja, HOMICÍDIOS, glutonaria, e coisas SEMELHANTES a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (grifo do autor). Observemos com mais atenção, na passagem anterior o apóstolo Paulo fala quanto às obras da carne, e há um detalhe muito preciso que pouco é percebido no trecho: “...e coisas SEMELHANTES a estas”. Pois bem, não existem especificações, mas de tudo aquilo que semelhante for, se torna ilícito a prática. Baseado nisso, se os jogos de violência introduzem, mediante aos conteúdos, práticas similares a homicídios, já sabemos que devemos nos abster disso. A coerência que poderia subsistir se desfaz quando um chamado crente que prega paz, ensinando indiretamente contra violência e homicídio, acessa conteúdos desse modelo. A igreja (universalmente falando) instituída por Jesus é proclamadora do amor, e deve-se, portanto, por intermédio de atos, demonstrar aquilo que pelos seus lábios é dito, e não encontrar regozijo em jogos obscenos, pois isso nos marcaria como hipócritas.

Pode-se dizer que vivemos a era do entretenimento. Pessoas de diferentes idades desejam satisfação em muitos “passatempos”, como séries, filmes, jogos etc.

Os frequentemente atraídos por essa “alegria” são jovens e crianças, e quanto menos atentos estão, facilmente são influenciados pelo conteúdo que ali é exposto; e, naturalmente haverá reflexos na personalidade, comportamento e até no caráter quando o conteúdo dos jogos deixarem de ser um “filme na mente” e passarem a ser encarados como realidade e praticados ativamente.

Por infelicidade, no meio da Cristandade isso já está infundido (uso o termo “cristandade” por que acredito não ser o chamado “povo de Deus” os praticantes do assunto criticado nesse artigo, ou se são, precisam voltar rapidamente a dizer e provavelmente pela primeira vez viver: “Sola Scriptura”), nos anulando do privilégio que é aproveitar mais tempo na presença de Deus, e quando dão por si, já são devotos de um deus estranho.

Leonard Ravenhil  disse: “O entretenimento é o substituto diabólico da alegria”.

A distração (sinônimo de diversão, prazer) de satanás é “jogar” de controlar os homens, um processo que ele faz questão de ser gradual, é aprazível ver os homens se entregando aos poucos, nada com muita pressa, é uma ótima “peça teatral” e deve ser assistida com muita atenção e "degustação". Ele se empenha o bastante até ver irmãos se auto enganando acerca do tempo que têm desapreciado com distrações, até acharem que nada passa de descontração, de um descanso para mente e corpo. Ah, se eles acordassem e percebessem que esse é o gatilho para muitos pecados!? E que é a partir daí que a Igreja do Senhor se acomoda, conforma e mata espiritualmente. O evangelho genuíno não pode ser considerado se não transformar vidas e mudar situações.

Fundamentado no que disse Jesus em Mateus 7:16, parte ‘a’ do versículo onde está escrito: "Você será conhecido por seus frutos”, as pessoas podem dizer, sentir e pensar muitas coisas, mas uma prova decisiva é o fruto. Desapossar-se de horas em jogos e desperdiçar sua vida e comunhão com o Senhor não é um fruto de estar convencido de que a intimidade com Jesus é excelentemente melhor e superior. O maior gozo de um Cristão é desfrutar de uma profunda comunicação com o seu Salvador, pois entende a obra redentora que Jesus fez, e sabe de sua total dependência. Spurgeon disse certa ocasião: “O demônio raramente fez algo tão engenhoso quanto insinuar a igreja que parte de sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcança-lo”. Hoje o que é chamado "Geração Profética”, eu chamaria de “Geração Sentimentalista”. Casas Worships lideradas por falsos missionários recorrem a um “ritual” que causa emoção e o povo se derrete em chorar. Porque a comoção em um “culto” que o pregador se limita a falar do amor incondicional de Jesus e suas bênçãos sobre nós, atrai bem mais que um culto que confronta a plateia e resulta mudança individual e coletiva, como antigamente? Porque essa fortuna de métodos que animam o público?

A resposta é clara. O poder do Espírito já não há na “Geração Adoradora”, e por não ter a virtude do Espírito, são sustentados por sua “carnalidade espiritual” para atrair pessoas ao falso evangelho. Afinal, é melhor escutar as “condenações” dos homens sobre si mesmos de que saber, de fato qual punição virá da parte de Deus. Não fosse o pouco que ainda existe na terra de filhos de Deus e o Espírito que aqui ainda habita, as criaturas teriam sido devoradas por seus próprios pecados. É sabido por todos que os shows gospels lotam mais que os cultos de oração, pois é mais fácil pular em festas do que se ajoelhar para clamar a Deus por sua misericórdia. Basta olhar os frutos. O entretenimento cristão não tem gerado convertidos verdadeiros. Mas, têm gerado “filhos” fracos na fé, levados por qualquer vento de doutrina, contrariando Efésios 4:14: “Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”.

- "Updates" e o Que Poucos Cristãos Sabem

A Sagrada Escritura em copiosas circunstâncias nos instiga e impera a evitar a embriaguez. Embriaguez com o que? Só com o que é propriamente dito “pecado”? Não. Várias práticas, e não poucas delas oferecidas por nós a serviço de Deus podem ser consideradas como embriaguez, se observadas detalhada e profundamente. Preocupamo-nos e queremos fazer o que é certo, cumprindo a perfeita vontade de Deus para nós. Mas não é muito interessante fazer o certo da maneira errada(será possível?). Um evidente exemplo disso é Marta. No entanto, compreendemos ela, afinal, qual de nós, recebendo o próprio Jesus em sua casa, não se preocuparia com a acomodação e boa recepção ao Senhor? Isso não é algo ruim, mas naquele específico caso, não era algo bom.

Você está distraído ou desinteressado?

Superficialmente, não existe distinção entre os dois estados. Estar distraído é permitir, transitoriamente, ser levado por noções terrenas, entretanto, ainda assim ter Cristo como alvo. Estar desinteressado por Deus é semelhante a o desprezar. Para este, nada que descende do Senhor será atraente. É insensibilidade total.

Sutilmente é perceptível a distração de Marta, e trazendo aos nossos dias, grandes ou bem pequenas coisas nos mantém distraídos. E são raras as ocasiões que percebemos isso. O inimigo está sempre “atualizando as nossas distrações”. Temos uma capacidade surpreendente de ver o erro alheio, mas o nosso, que é pouquíssimo, entregamos a Deus, e hipocritamente, dizemos:

“Que Ele me converta dos meus pecados”, enquanto registramos mentalmente uma extensa lista de virtudes omissas nos nossos irmãos.

Na realidade, não queria nem tanto salientar a fiscalização medonha que nós desenvolvemos a cerca das faltas dos outros, e sim a ausência de auto percepção.

Substituindo o adormecer na janela, do jovem Êutico (Atos 20:9) por uma distração, considere tão pecado como perder tempo com jogos virtuais ou reais de conteúdo violento ou inadequado ao que professa a fé cristã.

Nos relatos bíblicos referentes a distrações e adormecer, que, de um determinado ponto pode também ser conceituado como distração, estando numa janela (posição não literal de distração) nunca se cai para dentro. Estar distraído tende a nos levar para “fora” da palavra de Deus. Do mesmo modo que fugimos do pecado, devemos fugir das distrações, pois é em instantes assim que pensamentos e investidas de satanás ganham nossa atenção. Saia da janela. Fuja das tentações e daquilo que ainda te atrai ao mundo. Ore, e solicite a Deus que os teus olhos não sejam encantados pela vista de fora. Atente-se para o que há dentro.

Não é necessário aplicação de lentes espirituais para com clareza se enxergar as consequências dos jogos populares em meio ao público alvo: crianças e adolescentes. Jovens sem planejamento de vida e quase ou sem nenhuma estrutura moral foram afetados física, mental e espiritualmente. É entendível que satanás não perde tempo. Lembro-me de uma época na escola que meus colegas só falavam sobre free fire. Vi alunos arrasarem seu rendimento escolar por razão de atravessarem noites em claro (durante a semana) enquanto jogavam. As faltas registradas na frequência escolar decorrentes disso não eram raras. E a inatividade dos pais, então, nem se fala.

De certo, jogos podem ser encarados sim, por “cristãos crentes” como distração, mas ainda existem muitos hábitos que produzimos que de alguma forma contaminam nossa espiritualidade. Creio que seremos arrebatados sem ao menos diferir meia parcela disso, ou se contrário, tratá-los devidamente.

Outro grande problema da embriaguez é que além de perder o melhor de Deus, acabamos atrapalhando nossos irmãos nisso.

Luciano Subirá diz, em “Até que nada mais importe” disse: “Foi exatamente isso que aconteceu com Davi e com Marta. Em certo sentido podemos dizer que o mesmo Rei Davi que se embriagou com os prazeres carnais planejou embriagar Urias depois. E Marta, além de não estar aos pés do Senhor com sua irmã Maria, ainda queria tirá-la de lá!”

"Distração" é um sinônimo de "ausência"

Estar fisicamente não significa estar. Estamos atentos à voz de Deus ou somente frequentamos a igreja de domingo a domingo?

Há um padrão de busca que Deus determinou para nós. E esse padrão é alcançado somente quando o Senhor se torna mais importante do que qualquer outra coisa em nossa vida. Devemos chegar a um ponto tal nesse anseio por Ele que nada mais importe.

O interesse de Deus não é tão só se o buscamos, mas, se o buscamos, como fazemos? Qual motivo nos leva a buscá-lo? Deus é suficiente e de absolutamente nada tem falta. Não precisa do nosso louvor, pois Ele a si mesmo glorifica. De todo o contexto, nós somos os mais beneficiados em cumprir o mandamento divino: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”(JR 29:12 – 13).

Lembre-se: "Você nunca terá tudo de Deus enquanto Deus não tiver tudo de você".

Estar convicto da intenção de Deus na nossa vida facilita muito as coisas. Ter um alvo, e este é, para o Senhor todas as consequências e frutos, nos torna responsáveis por um trabalho Santo, que está acima do nosso entendimento, e é bem maior que nós, pois O que dirige esta obra é incompreensível ao nosso acanhado e limitado pensamento humano e racional.

Quando há uma razão maior pela qual havemos de ainda viver aqui, muitas coisas, antes grandes, tomam um espaço minúsculo ou até deixam de vez a nossa preocupação. Quando entendermos a posição que o Senhor deve ocupar em nossas vidas, muitas, muitas coisas se tornarão de parcial relevância, ou até insignificantes.

“O que nos molda não é aquilo a que nos dedicamos mais tempo, e sim o que exerce o maior poder sobre nós." (Oswald Chambers)

De quê vai adiantar se ajoelhar para orar se continuamos a nos inclinar para o pecado na mesma intensidade, todos os dias? Fico só imaginando o inimigo sentado, se divertindo, enquanto assiste ao espetáculo do que chamam “ser crente”.

 

Alex e Raquel