O bom samaritano de José Tapiro y Baro |
Na
ilustração do Bom Samaritano, o homem meio morto à beira do caminho nos chama a
atenção. Segundo a Bíblia, ele “caiu nas mãos dos salteadores, os quais o
despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto” (Lucas 10:30).
Noutras palavras, esse homem ficou à mercê da sorte. Sem o amparo de ninguém, ficou
sujeito às intempéries sofrendo sem perceber sua dor solitária. O desprezo
explícito dos outros e a terrível condenação provocada pelos maus, mas
avalizada por alguns de quem se esperava algum favor, também compõem a parábola.
Naquele contexto sombrio, sua inconsciência deveria ser a consciência de quem em
potencial poderia ajudá-lo. Mas, os primeiros a vê-lo passaram de largo sem
sequer pensarem em chegar perto; rejeitaram a ideia de haver motivos para ajudá-lo;
julgaram-no como indigno, desprezível e vil. De modo que essa história tem
muito a nos revelar sobre nossa conduta com respeito ao próximo. Afinal, Jesus estava
estreitando o ensinamento de outrora, tornando-o ainda mais profundo, de modo
que o segundo grande mandamento atualizado versou: “...que vos ameis uns aos
outros, assim como eu vos amei” (João 15:12). Notemos que Jesus modifica o
Mandamento, tornando-o mais abrangente, inexplicável e incondicional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário