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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Mito ou verdade sobre Sodoma e Gomorra?

Na leitura do relato bíblico sobre as duas cidades, verificamos, principalmente, a quebra de paradigmas morais em ambas, visto que seus habitantes se entregaram às paixões carnais sem qualquer pudor. Por isso, as Escrituras enfatizaram a perversa realidade do lugar: “ora, eram maus os homens de Sodoma, e grandes pecadores contra o Senhor” (Gênesis 13:13). “Grandes pecadores contra o Senhor” é um título nada louvável, porquanto aludiu sua condição irreverente através de caprichos e de pecados grotescos que “atingiram” diretamente o caráter santo de Deus. E onde entra a cidade de Gomorra? Ambas eram cidades vizinhas, portanto, influenciavam-se mutuamente. Eram cúmplices em atos de guerra, por exemplo, e também em pecados.
Em outro momento, fazendo referências às duas cidades, foi escrito que seus pecados se agravaram ainda mais (Gênesis 18:20), motivando o Senhor a uma ação sem precedentes que culminou com sua dupla destruição com fogo e enxofre (Gênesis 19:24). Quando se pretende negar o fato bíblico, tem-se em mente a necessidade de apagar a condenação pelas práticas pecaminosas, criando uma ilustração do relato, transformando-o em mito. Essa posição também obriga a uma negação da divindade de modo que afasta do homem a possível pretensão de aderir aos preceitos provenientes de Deus. Sem Deus e sem moral o homem poderá se comportar ao seu “bel prazer”, fazendo valer uma das máximas nietzschianas nas quais afirma a morte de Deus e a tendência de o homem ir para além do bem e do mal. Porém, essa conduta trará sérias complicações para o destino humano.
Mas qual a resultante de uma vida imoral e sem Deus a semelhança do que está se propondo agora? Uma transformação na visão social acerca do indivíduo, passando suas ações a violarem completamente os valores absolutos instaurados por Deus, rumando para não serem mais consideradas ações erradas, reinventando, assim, a sociedade que se identificará avessa aos ditames da Bíblia. Isto fará emergir uma fermentação social pelo erro cuja assimilação se dará aos poucos, numa medida que não vai criando grandes obstáculos. O resultado dessas ações culminará num processo de massificação muito bem utilizado pela mídia manipuladora, redesenhando a vida individual e coletiva.

Portanto, a vida imoral do homem é um processo que começou há bastante tempo e vem manifestando um aumento da impiedade assustador, pelo menos para quem tem discernimento para verificar a situação. Durante esse período, encontramos relatos das consequências terríveis que recaíram sobre os pecadores que infringiram e atentaram contra a moral de Deus. Desta maneira, a ousadia de transformar a História em mito converte-se numa negação da ocorrência, dando um aparente alívio para quem despreza os feitos divinos. Entretanto, a objeção é contabilizada para o julgamento final do qual ninguém escapará, de modo que este breve comentário não pretende ser um escrito apologético de uma determinada verdade bíblica, mas um alerta para aqueles que figuram como protagonistas da negação supracitada. Oramos ao Senhor para que reflitam sobre o mal que estão promovendo para si e cuidem de voltar para Cristo enquanto há tempo.

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