O Jornal Tocha da Verdade é uma publicação independente que tem como objetivo resgatar os princípios cristãos em toda sua plenitude. Com artigos escritos por pastores, professores de algumas áreas do saber e por estudiosos da teologia buscamos despertar a comunidade cristã-evangélica para a pureza das Escrituras. Incentivamos a prática e a ética cristã em vistas do aperfeiçoamento da Igreja de Cristo como noiva imaculada. Prezamos pela simplicidade do Evangelho e pelo não conformismo com a mundanização e a secularização do Cristianismo pós-moderno em fase de decadência espiritual.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Perseverança dos Santos

Ao propor a parábola da videira Jesus nos falou sobre a permanência na fé do cristão. “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (João 15:8), é uma das expressões sobre a temática. Por mais simples que pareça seu conteúdo é de muita profundidade. Há uma condição explícita no texto no qual o Cristo enfatizou que para ser seu discípulo era necessária a produção de frutos permanentes e duradouros. Portanto, para ser seu discípulo o cristão deverá, continuamente, praticar obras que expressem sua fé, pois do contrário a fé sem obras é morta, ou seja, demonstra a ausência da dádiva divina e consequentemente da salvação (Tiago 2:17-24).
A perseverança dos santos é a doutrina bíblica cujo ensino apresenta justamente a permanência e a continuidade do crente na carreira cristã, seguindo os ensinamentos do Mestre em fidelidade e separado do mundanismo até o final de sua vida terrena. Ao contrário do que muitos acreditam o cristão não usufrui de uma dádiva em favor do seu pecado, mas contra ele. Há quem diga que pelo fato de o crente ser alguém eleito segundo o propósito divino poderá pecar e cumprir com os anseios carnais sem se preocupar, pois já está salvo. Ora, é muito estranho você admitir que uma pessoa foi salva, regenerado do seu pecado, e mesmo assim dizer que Deus não leva em conta os pecados voluntários cometidos por ela, enquanto cristão que diz ser, quando a Bíblia assevera proceder santificado. Porém alguém objeta: “e o crente não peca?”. Se dissermos que não peca, seguimos também contra o preceito (I João 1:8). O que propomos aqui é o seguinte: todo o cristão deveria ter a convicção de que ele foi conquistado para Cristo para viver a novidade de vida, porquanto foi por ele conquistado (II Coríntios 5:17).
A novidade de vida é uma alteração das condutas pecaminosas da vida secular para o comportamento cristão, norteado exclusivamente pelos pilares delineados nas Escrituras. Tendo entendido estes valores, nunca poderemos desistir da caminhada, pois existem elementos primordiais que nos ajudam e amparam em nossa lida (o Espírito de Deus em nós, a intercessão do Filho por nós, a graça fluente, a apropriação da realidade espiritual). Portanto, revestir-se de todas as dádivas provenientes dos céus trará a certeza de que estamos no caminho certo, guardando a fé até nos encontrarmos com Ele.

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